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Prévia da inflação voltou a subir, puxada pela alta da conta de luz em setembro. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,76% e, nos últimos 12 meses, de 5,32%, acima dos 4,95% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Foto: Freepik

Prévia da inflação volta a subir, puxada pela alta da conta de luz em setembro

Segundo o IBGE, prévia da inflação sobe 0,48% em setembro, puxada pela alta da conta de luz

Após registrar a primeira deflação em mais de dois anos, a prévia inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), voltou a subir em setembro, impulsionada principalmente pela alta da conta luz. O indicador acelerou e marcou 0,48%, 0,62 ponto percentual acima da taxa registrada em agosto (-0,14%), informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (25).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,76% e, nos últimos 12 meses, de 5,32%, acima dos 4,95% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Por outro lado, em setembro de 2024, a alta foi de 0,13%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de setembro. Contudo, a maior variação e o maior impacto positivo vieram de Habitação (3,31%).

Alimentação e bebidas (-0,35%) registrou a quarta redução consecutiva na média de preços. As demais variações ficaram entre o recuo de 0,25% de Transportes e o aumento de 0,97% em Vestuário.

Conta de luz em alta

No grupo Habitação, o principal e maior impacto individual no índice do mês veio da energia elétrica residencial, que, após a queda de 4,93% em agosto, subiu 12,17% em setembro com o fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto.

Cabe destacar a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a partir de 1º de setembro, adicionando R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.

Além disso, houve reajuste tarifário de 4,25% em Belém (11,38%), a partir de 7 de agosto.

Queda nos preços da alimentação no domicílio

Em Alimentação e Bebidas (-0,35%), o grupamento da alimentação no domicílio registrou variação de -0,63%, após recuar 1,02% no mês anterior.

Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-17,49%), da cebola (-8,65%), do arroz (-2,91%) e do café moído (-1,81%). Sobretudo, no lado das altas, destacam-se as frutas, que subiram, em média, 1,03%.

A alimentação fora do domicílio (0,36%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,71%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 1,44% em agosto para 0,7% em setembro) e da refeição (de 0,0% para 0,2%).

Passagens aéreas mais baratas

No grupo Transportes (-0,25%), o resultado foi influenciado pelo seguro voluntário de veículo (-5,95%) e pelas passagens aéreas (-2,61%).

Em relação aos combustíveis (-0,10%), gás veicular (-1,55%) e gasolina (-0,13%) registraram queda nos preços, enquanto o óleo diesel (0,38%) e o etanol (0,15%) apresentaram altas.

Resultado por região

Quanto aos índices regionais, as 11 áreas de abrangência tiveram alta em setembro. Todavia, a maior variação foi observada em Recife (0,8%), por conta da alta da energia elétrica residencial (10,69%) e da gasolina (4,78%).

Moradores de Belém, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro também sentiram impacto dos preços em setembro, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.

Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,10%), que registrou queda nos preços da gasolina (-2,78%) e do tomate (-24,39%).

Em conclusão, para calcular o IPCA-15, o IBGE coletou os preços de 15 de agosto a 15 de setembro (referência) e os comparou com os preços vigentes de 16 de julho a 14 de agosto (base).

Fonte: r7