É uma educação que busca identificar todo e qualquer obstáculo que o aluno possa enfrentar e eliminar as barreiras
“O paradigma da educação inclusiva é um modelo a ser perseguido pelas escolas, setores educacionais e pela sociedade”, segundo o professor de psicologia da UFSCAR João do Carmo. O Brasil tem cerca de 46,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, conforme dados do IBGE.
Ele afirmou que a inclusão “significa mudança de atitude, crença, percepções e adaptação do ambiente para acolhimento do aluno que apresenta diferenças quanto ao desenvolvimento e aprendizagem.”
O especialista destaca que a luta pela educação inclusiva é “de longa data”, e que envolve formação e capacitação dos docentes e de todos os envolvidos na escola. “É importante também prever o acolhimento das famílias”, completou.
Segundo João do Carmo, “precisamos caminhar muito, esclarecer e conscientizar a população sobre o que é a inclusão, que tem acontecido em passos lentos.”
O professor vê que de norte a sul do Brasil, embora as realidades sejam diferentes, as dificuldades são as mesmas, de falta de preparo dos profissionais e mesmo de adequação das estruturas.
“O ambiente que precisa se adequar aos alunos. Imagine uma criança ou adolescente cadeirante, que poderá enfrentar dificuldade com a arquitetura da escola, sem rampa adequada, por exemplo”, concluiu.
O Que é Educação Inclusiva?
Incluir é integrar, abranger a todos, sem exceção. Uma educação inclusiva integra os alunos com necessidades especiais, em escolas regulares, por meio de uma abordagem humanística.
Assim, essa visão entende que cada aluno tem suas particularidades e que elas devem considerar como diversidade e não como problema.
Portanto, os alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) fazem parte da rotina das escolas. Inclusive, é considerado crime não aceitá-los ou mesmo atendê-los em uma sala de aula ou escola separada.
No Plano Nacional de Educação brasileiro, são alunos com NEE aqueles com deficiências visual e auditiva, deficiência intelectual, deficiência física, transtorno global de desenvolvimento (TGD) e altas habilidades.
A Unesco amplia esse conceito para relações étnico-raciais e povos indígenas. Na educação inclusiva, os espaços tem adaptação para o convívio de todos, assim como os materiais utilizados nas atividades.
Mas ela não se limita a isso. É uma educação que busca identificar todo e qualquer obstáculo que o aluno possa enfrentar e eliminar as barreiras.
Fonte: abnoticiasnews