Oferta global baixa no curto prazo tem mantido os valores em níveis recordes
O preço do café robusta continua negociado em patamares elevados no mercado interno, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. O preço do café robusta continua negociado em patamares elevados no mercado interno, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Desde o último dia 17 de janeiro, o indicador Cepea/Esalq vem operando acima dos R$ 2 mil a saca de 60 quilos, patamar nunca antes alcançado, considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em novembro de 2003 para a variedade.
O indicador do preço do café robusta registrou (21) a cotação de R$ 2.092,05 a saca, uma alta de 14,16% desde o início de janeiro. Já o arábica foi cotado a R$ 2.315,53 a saca, uma elevação de 3,89% no acumulado do mês.
De acordo com o Cepea, apesar da sinalização de recuperação da produção brasileira, a oferta global justa no curto prazo tem mantido os valores em níveis recordes. Do lado da demanda, o consumo doméstico do café ainda se mostra resiliente, com bons números para as exportações, também conforme análises do Cepea.
O que é o café robusta?
O café robusta, conhecido cientificamente como Coffea canephora, é uma das principais espécies de café cultivadas no mundo, ao lado do arábica. Originário da África Ocidental e Central, o robusta destaca-se por sua resistência a pragas e condições climáticas adversas, o que o torna mais fácil de cultivar em altitudes mais baixas e em temperaturas elevadas.
Os grãos de robusta possuem um sabor característico, geralmente descrito como mais forte, encorpado e com notas amargas e terrosas. Comparado ao café arábica, o robusta apresenta um teor mais alto de cafeína e menor acidez, o que o torna ideal para blends que buscam intensificar o sabor e aumentar o corpo do café.
Essa variedade tem amplo uso na produção de café instantâneo e em blends de espresso. Dessa forma, sua espuma cremosa contribui para a textura desejada em muitas bebidas. Países como Vietnã, Brasil e Indonésia são grandes produtores de café robusta, com o Vietnã sendo o maior exportador global.
Por fim, apesar da menor valorização em termos de sabor do que o arábica, o robusta desempenha um papel essencial na indústria cafeeira. Assim, atendendo a diversos mercados e preferências de consumo em todo o mundo.
Fonte: globo rural
