Movimento no mercado interno é contrário ao da bolsa de Chicago
O movimento é contrário ao da bolsa de Chicago. Nesta terça-feira, a soja caiu pela quinta sessão consecutiva, em meio a uma percepção de oferta elevada do grão por parte dos operadores de mercado. Dessa forma, o contrato para maio teve baixa de 0,99%, cotado a US$ 11,74 o bushel.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura (USDA) indica aumento de área e de estoques locais da oleaginosa. Além disso, os prêmios de exportação estão negativos em diversas partes do mundo, o que reforça, nesse sentido, a percepção de oferta superior à demanda.
No Brasil, um dos fatores que explicam a alta da saca de soja é a taxa de câmbio. Aliás, o câmbio voltou a superar os R$ 5 por dólar. “O expressivo movimento de alta da moeda norte-americana trouxe valorização à saca de soja negociada no interior do Brasil”, informa a consultoria Agrifatto.
Preço soja abril
Neste cenário, a saca de soja vale R$ 109,37 em Luis Eduardo Magalhães (BA), de acordo com levantamento da Scot Consultoria. Em Rio Verde (GO), o grão é cotado a R$ 110 a saca; em Balsas (MA), a R$ 106; em Dourados (MS), a R$ 110; e em Sorriso e Lucas do Rio Verde, a R$ 106.
Nos portos, a Scot informa que a saca de soja cotada a R$ 125 em Rio Grande (RS) e a R$ 126 em Santos (SP).
Sendo assim, o preço da soja no mercado interno voltou a subir, amparado, principalmente, na taxa e câmbio, que se mantêm acima dos R$ 5 e limita a influência da desvalorização da commodity no mercado internacional sobre a cotação no Brasil.
No Porto de Paranaguá (PR), a saca valia R$ 124,86, de acordo com o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), alta de 0,66% no acumulado dos dois primeiros dias de abril.
Fonte: globorural