Produto com maior aumento foi a banana, de 8,41%, e com a maior redução foi da batata, com -29,04%.
Com queda pelo terceiro mês seguido, a cesta básica em Campo Grande chegou a R$ 714,60. O valor é equivalente a 111 horas de trabalho do campo-grandense, conforme mostrou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nesta quinta-feira (5).
A capital sul-mato-grossense tem a 5ª cesta básica mais cara dentre as capitais pesquisadas pelo departamento, valor abaixo apenas das capitais São Paulo (R$ 786,35), Florianópolis (R$ 756,31), Rio de Janeiro (R$ 745,64) e Porto Alegre (R$ 740,82).
O levantamento indica que 5 dos 14 itens analisados mensalmente apresentaram alta no preço em agosto, veja abaixo:
Produtos com aumento de valor:
- Banana: 8.41%
- Café: 3,38%
- Farinha de trigo: 1,80%
Produtos com queda de preço:
- Batata: -29,04%
- Tomate: -6,96%
- Leite de caixinha: -3,62%
A pesquisa ainda compara o custo dos alimentos com o salário mínimo. Considerando o valor de R$ 1.121,10, a cesta básica em Campo Grande compromete 56,65% do valor.
Salário mínimo e tempo
Com base no registro da cesta na capital paulista, a Dieese calculou que, em junho de 2024, para o salário mínimo suprir as necessidades do trabalhador estabelecidas na Constituição, o valor deveria ser de R$ 6.995,44 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.412,00.
Em relação ao salário mínimo líquido, descontado de 7,5% da Previdência Social, o instituto observou que, no mesmo período, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média 54% do rendimento para obter o conjunto básico dos alimentos.
O tempo necessário para adquirir os produtos da cesta básica em junho de 2024 foi de 109 horas e 53 minutos. O valor é menor do que em maio de 2024, que chegou a 110 horas e 31 minutos. Já em junho de 2023, o tempo médio para obter os produtos foi de 113 horas e 13 minutos.
Fonte: g1