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Governo vai se reunir com representantes de carnes, óleo, açúcar e supermercados Foto: CNA/Divulgação

Governo convoca quatro setores para discutir preço dos alimentos

Reunião para conter a alta no preço dos alimentos

Com preço dos alimentos em alta, o governo Lula vai realizar reunião hoje (6) com representantes de quatro setores. Participarão do encontro, marcado às 15h, representantes de carnes, óleo, açúcar e supermercados, para discutirem medidas contra a alta nos preços.

Antes da reunião, às 9h30, o vice-presidente Geraldo Alckmin — também à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) — comanda outra reunião com diversos ministérios (Casa Civil, Fazenda, Agricultura e Desenvolvimento Agrário).

Os setores apresentarão suas sugestões para baratear os alimentos. Dessa forma, logo após um pente-fino, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberá as propostas na próxima semana.

Entre as entidades que participam da reunião nesta quinta-feira estão a Associação Brasileira de Proteína Animal (APBA), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes (Abiec), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), bem como a União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio).

O presidente deverá receber um relato detalhado da primeira rodada de encontros. Assim, conduzirá ele próprio, novos encontros com ministros e auxiliares próximos no Palácio do Planalto.

O roteiro de reuniões com as entidades do agro teve definição na semana passada, por ministros que se encontraram com Lula para debater o assunto.

Lula descartou a adoção de “medidas heterodoxas” para conter o preço dos alimentos, como por exemplo, a criação de cotas para exportação — com volumes máximos que, se excedidos, ficariam sujeitos à cobrança de imposto.

Sugestões para conter a alta no preço dos alimentos

Uma das sugestões a serem apresentadas pelos setores produtivos é a flexibilização das regras atuais do Bolsa Família.

Os frigoríficos, por exemplo, têm dificuldade na contratação de mão de obra e afirmam que não conseguem preencher totalmente as vagas abertas pela indústria de carnes.

Uma ideia é permitir que novos empregados inscritos no Cadastro Único dos programas sociais (CadUnico) não tenham nenhuma perda — nem mesmo parcial — dos benefícios recebidos.

Assim, a indústria acredita que pode ter menos dificuldade para ocupar postos de trabalho oferecidos e diminuir preços no médio prazo.

Fonte: cnn