Aos 30 anos, o camisa 7 sul-coreano está na Europa desde as categorias de base
Em sua primeira partida eliminatória na Copa do Mundo do Qatar-2022, a seleção brasileira teve pela frente “somente” o maior jogador asiático de futebol de todos os tempos.
É essa fama nada modesta que Heung-min Son, o craque, capitão e artilheiro da Coreia do Sul, adversária da equipe canarinho nas oitavas de final da competição, a partir das 16h (de hoje), no estádio 974, em Doha, carrega.
Assim, aos 30 anos, o camisa 7 sul-coreano está na Europa desde as categorias de base. Foram cinco temporadas no Hamburgo (três como profissional) e duas no Bayer Leverkusen. Desde 2015, ele atua na Premier League inglesa, a liga nacional mais badalada do planeta, e veste as cores do Tottenham.
É verdade que Son não é o primeiro asiático a jogar em um clube da prateleira de cima do Velho Continente. Seu compatriota Ji-sung Park defendeu o Manchester United, assim como o japonês Shinji Kagawa. Aliás, outro nipônico, Yuto Nagatomo, foi atleta da Inter de Milão. Já os iranianos Ali Daei e Ali Karimi atuaram no Bayern de Munique.
Maior jogador asiático
Mas nenhum deles foi além de simples integrante dos elencos desses times. Já o atacante que lidera sua seleção no Qatar-2022 é parte de uma das duplas de ataque mais admiradas do mundo e divide com Harry Kane o posto de protagonista do Tottenham.
Juntos, eles já marcaram 397 gols pelo clube londrino. E boa parte dos 261 tentos de Kane e dos 136 marcados por Son nasceram de jogadas criadas justamente pelo seu companheiro de linha ofensiva.
A dupla também comandou o processo de “renascimento” pelo qual os Spurs têm passado desde a temporada passada e que colocaram a equipe novamente entre as potências da Inglaterra. Foi por culpa deles também que o Tottenham chegou até ao vice-campeonato da Liga dos Campeões da Europa na temporada 2018/19.
O único jogador nascido na Ásia que conseguiu um destaque ainda maior do que o do sul-coreano foi Paulino Alcántara. Nascido nas Filipinas, ele foi ídolo do Barcelona durante as décadas de 1910 e 1920 e só fica atrás de Lionel Messi no ranking dos maiores artilheiros da história do clube (contando jogos amistosos), com 369 gols.
A questão é que Paulino, apesar de ter vestido as cores do seu país no começo da carreira. Assim, naturalizou-se espanhol e passou a defender a seleção da nação onde viveu seus melhores dias. Com isso, perdeu vínculo com a Ásia e deixou de ser visto como um representante do futebol daquele continente.
Copa do Qatar
Apesar do sucesso no futebol inglês, falta a Son uma campanha histórica com a seleção. O máximo que ele conseguiu até hoje com a Coreia do Sul foi a medalha de ouro nos Jogos Asiáticos de 2018.
Afinal, apenas em uma oportunidade anterior os sul-coreanos ficaram entre as oito melhores seleções do planeta -terminaram na quarta colocação em 2002, quando dividiram com o Japão a organização do torneio.
A Copa do Qatar é a primeira disputada no Oriente Médio e conta com a participação de sete das oito seleções que já levantaram a taça. Pela segunda edição consecutiva, a tetracampeã Itália não conseguiu a classificação e é baixa -além disso, Alemanha e Uruguai foram eliminados na primeira fase.
No entanto, o torneio está sendo disputado no fim do ano, e não no seu período habitual (meses de junho e julho), por causa do calor que faz no país sede durante o auge do verão no Hemisfério Norte.
Além disso, essa é a última edição da competição da Fifa com o formato que vem sendo utilizado há 24 anos, desde a França-1998. Portanto, a partir do Mundial seguinte, organizado por Estados Unidos, Canadá e México, serão 48 participantes na disputa pelo título.
Copa do Mundo – oitavas de final
06/12, às 12h – Marrocos x Espanha, Cidade da Educação, Al-Rayyan
06/12, às 16 – Portugal x Suíça, Nacional de Lusail, Lusail
Fonte: band