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De acordo com o ministro, objetivo do governo é que o programa tenha um braço de produção de máquinas menores, mais adaptadas para a agricultura familiar

Plano Safra 2023/24 já tem data para ser anunciado

A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro para a Jovem Pan

Se tem uma coisa que o produtor rural está ansioso é pela divulgação do Plano Safra 2023/24, e isso, já tem data para acontecer. O empresarial será em 27 de junho e o familiar no dia 28. A informação teve confirmação pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro para a Jovem Pan.

Assim, a divulgação em dois dias diferentes se dá por conta da separação de ministérios, sendo o da Agricultura e Pecuária e o do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Segundo o ministro  o MDA tem foco nos pequenos produtores por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Já o ministério da Agricultura, voltado para médios e grandes produtores.

Aliás, sem dar muitas informações sobre o que virá no novo Plano, o ministro disse apenas “fortalecido e reestruturado”.

Novo plano safra terá cinco componentes

Em 2 de junho, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que a pasta está trabalhando junto com os ministérios da Fazenda, da Agricultura e do Meio Ambiente. Além do Banco Central, para elaborar o Plano Safra de modo que este abranja cinco componentes.

Segundo o ministro, o primeiro objetivo é dar mais estímulo à produção de alimentos. Teixeira disse que o Brasil diminuiu a área plantada de feijão, arroz e hortaliças e que é preciso aumentar a plantação na medida em que o povo vai ganhando poder aquisitivo para que todos tenham alimento em grande quantidade na mesa.

“O segundo componente é a agricultura de baixo carbono, sustentável, regenerativa. Este é um compromisso que assumimos junto aos ministérios da Fazenda, Agricultura, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário e agricultores familiares. O terceiro é o estímulo da agricultura praticada por mulheres e por jovens”, afirmou.

De acordo com Teixeira, o quarto componente é a promoção da agroindústria e o quinto é a produção de máquinas. “Está no cenário também retomar o [programa] Mais Alimentos, que é de produção de máquinas.”

Data de anúncio do Plano Safra

O ministro disse que se adiantaria sobre as estimativas para o Plano Safra porque esses números. Tanto para agricultura empresarial como para agricultura familiar, ainda não estão fechados dentro do governo.

Teixeira disse que os números devem ter o anuncio nas próximas nas três semanas, já que o plano tem que ter o lançamento em junho. “O anúncio será feito pelo presidente Lula, que tem o maior apreço pelo Plano Safra, pelo Plano Safra da Agricultura Familiar e pelo Plano Mais Alimentos”, informou o ministro.

Ele acrescentou que também ainda não existe uma estimativa de quanto será o investimento em máquinas para o setor da agricultura. “A Abimaq [Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos] diz que o maior investimento em bens de capital no Brasil se deu entre os anos 2010 e 2014. o que se deve muito ao Programa Mais Alimentos, que é um programa de produção de máquinas para agricultura”.

De acordo com o ministro, objetivo do governo é que o programa tenha um braço de produção de máquinas menores, mais adaptadas para a agricultura familiar, já que as máquinas no Brasil atualmente são voltadas para a grande agricultura empresarial e pouco para agricultura familiar. “Queremos diminuir a ‘penosidade’ desse agricultor, aumentar a sua produtividade e incentivar a tecnologia para manter a juventude no campo”, disse.

Expectativa do agronegócio

Em entrevista, Flávio Turra que é Gerente Técnico da Ocepar falou sobre o que se espera para o novo plano.

“A expectativa em relação ao novo Plano Safra é de que as diferentes linhas de financiamento que atendam produtores tanto pequenos como médios e grandes, e suas cooperativas já seja implementado e dado continuidade com o aumento dos recursos para esse próximo Plano Safra em cerca de 20%”, detalhou.

Também questionamos sobre as expectativas em relação aos pedidos do Sistema Ocepar. Afinal, todos os anos o governo federal recebe essas informações do que seria mais importante e necessário para atender o setor do agronegócio.

“Em relação às demandas a Ocepar, juntamente com a OCB e as demais organizações estaduais, que elaborou uma pauta de pleitos para o Governo Federal, onde inclui desde a necessidade de ter novas fontes ou aumentar as atuais fontes de recursos para financiamento da agricultura. Como aumentar as exigibilidades  sobre a poupança rural para que a gente tenha mais recursos para financiamento da safra. Além diz que o montante de recursos para a próxima safra cresça em pelo menos 20%, passando para R$ 420 bilhões  no seu total. Além disso, os recursos para o seguro rural para subvenção ao prêmio de seguro rural. E uma questão que preocupa muito o setor também em relação à necessidade de equalização das taxas de juros, nós precisamos de um montante significativamente maior do que o montante aplicado na safra passada para a equalização das taxas de juros. Isso permitiria que a gente tivesse taxas de juros um pouco menores do que a taxa de juro praticada no atual Plano Safra”, explica.

Valores no Plano Safra 2023/24

Outra questão que gera uma certa ansiedade todos os anos é em relação ao valor que terá liberação no novo Plano Safra. Assim, Flávio também explica um pouquinho sobre a expectativa em relação a isso.

“Normalmente, nos últimos anos, o produtor rural tem captado cerca de 30% do recurso junto a fornecedores de insumos, mais ou menos um terço junto ao crédito rural e um terço restante tem captado de recursos próprios ou utilizado recurso próprio. Neste ano se nós trabalharmos apenas com um terço do crédito rural nós estaremos nesses necessitando de R$ 420 bilhões  para os produtores rurais. É importante que nós tenhamos uma visão ampla de todas as categorias de produtores. Nós precisamos apoiar o pequeno produtor, o médio produtor, o produtor que está usando tecnologias ambientalmente corretas. Mas precisamos atender a todos os produtores pequenos, médios e grandes. Dentro disso, nós precisamos aumentar os limites de financiamento para cada uma dessas categorias de produtores. Precisamos manter os créditos de investimento, em especial, um ponto fundamental para o setor agropecuário é a necessidade disponibilizar recursos para investimentos em máquinas agrícolas, em armazenagem e infraestrutura de aviários. Enfim, toda a infra estrutura necessária para a produção animal em nível de propriedade e também a nível de cooperativas do Estado do Estado Paraná e dos demais estados do País”, finaliza Flávio.

Fonte: souagro