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Pantabio promove agricultura sustentável em MS. Startup desenvolve bioinsumos inovadores à base do fungo Trichoderma Foto: Secom/Gov.ms

Startup criada na UEMS desenvolve tecnologia que aumenta a eficiência das lavouras

Pantabio promove agricultura sustentável com pesquisa inovadora em MS

A Pantabio está transformando a forma como os produtores de MS encaram a produtividade e a saúde do solo. A startup nasceu da pesquisa de doutorado do engenheiro agrônomo Tiago Calves Nunes. Além disso, contou com a participação da professora Mercia Celoto, da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). Assim, desenvolve bioinsumos inovadores à base do fungo Trichoderma. Dessa forma, aumenta a eficiência das lavouras. Também reduz a dependência de insumos químicos.

A startup é um modelo com DNA pantaneiro. Além disso, tem origem em pesquisa básica universitária. Isso porque alunos do curso de Agronomia participam como colaboradores. Eles atuam também como bolsistas de pesquisa e extensão.

A Pantabio teve suporte técnico e foi incubada pela Fênix; Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Os ensaios de campo já comprovam que a tecnologia da Pantabio traz ganhos reais para diferentes culturas em MS

Feijão

Mais 20 sacas por hectare, com plantas mais vigorosas e resistentes ao fungo Macrophomina phaseolina, uma das principais preocupações dos produtores.

Milheto, olerícolas e eucalipto

Melhor estrutura radicular e sanidade, reduzindo perdas.

Uva

Absorção otimizada de nutrientes e maior resistência a doenças (implantado na primeira Vinícola do MS/Terroir Pantanal).

Banana

Em fase de validação pensando em melhor qualidade de plantas e frutos mais sadios e melhores;

Pastagens

Estão sendo beneficiadas pelo programa ‘Pasto Forte’. Assim, o programa busca soluções biológicas. Além disso, visa potencializar a produção forrageira. Portanto, promove a recuperação rápida das pastagens.

Para isso, estão validando o uso de isolados nativos de Trichoderma do Pantanal. Também utilizam bactérias benéficas. Esses microrganismos são selecionados para aumentar o crescimento das forrageiras. Entre elas, estão Brachiaria marandu, Piatã, Capim Mombaça e Ruziziensis. Além disso, reduzem o tempo de recuperação da pastagem. Dessa forma, permitem maior lotação animal. Também melhoram a digestibilidade da silagem. Assim, tornam-na mais nutritiva e eficiente para o gado. Além do mais, reduzem custos com adubação química e suplementação. Portanto, trazem economia para o produtor.

Eucalipto

Os resultados obtidos com a aplicação do bioinsumo da Pantabio, formulado com cepas nativas de Trichoderma isoladas no Pantanal, demonstraram expressivo desempenho no desenvolvimento de mudas de eucalipto. Em ensaios realizados em viveiro, foi registrado um aumento médio de 17% na altura e 15% no diâmetro do coleto, em comparação com a testemunha.

Além disso, observou-se uma redução de 22% na mortalidade em campo, evidenciando maior vigor e resistência das plantas tratadas. A formulação apresentou estabilidade superior a 30 dias em temperatura ambiente, viabilizando sua aplicação em larga escala. Esses dados comprovam a eficácia do bioinsumo Pantabio como alternativa inovadora, sustentável e de alto retorno para a cadeia produtiva florestal.

Além do aumento da produtividade, os produtores que adotaram os bioinsumos relatam solos mais equilibrados, menor incidência de doenças e redução no uso de fungicidas químicos.

Soja mais produtiva e resistente; ensaio revolucionário 2024/2025

O grande destaque da Pantabio este ano é o ensaio inovador em soja, realizado em Aquidauana, Nioaque e Maracaju. Assim, os primeiros resultados indicam que o Trichoderma nativo do Pantanal proporciona raízes mais profundas e saudáveis, garantindo melhor absorção de água e nutrientes; defesas naturais ativadas, reduzindo a necessidade de defensivos químicos (fungicidas); eficiência nutricional aprimorada, potencializando a ação dos fertilizantes.

“Isto significa maior produtividade para o produtor rural. Além disso, resulta em menos insumos químicos. E ainda, proporciona uma lavoura mais resistente a estresses climáticos e doenças. Além dos bioinsumos, a Pantabio também possui um laboratório de identificação de doenças de plantas e de nematóides. Portanto, esse laboratório funciona como uma Spin off coordenada pelo aluno Carlos Braga Lima, do 4º ano da agronomia, UEMS Aquidauana. Além do mais, foi aportada com recursos do Sebrae, no valor aproximado de 40 mil reais cada uma. Assim, a clínica possibilita aos produtores um atendimento mais acessível, rápido e eficaz na identificação de doenças que estejam ocorrendo na lavoura, como também de nematóides que podem estar interferindo na produtividade das plantas”, destacam os pesquisadores.

Fonte: Secom/Gov.ms