R$ 22 mais alto que o valor de R$ 1.147 aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
A alta da inflação nos últimos meses fez o governo elevar a previsão para o salário mínimo no próximo ano. O projeto da lei orçamentária de 2022, enviado hoje (31) ao Congresso Nacional, prevê salário mínimo de R$ 1.169, R$ 22 mais alto que o valor de R$ 1.147 aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) .
A Constituição determina a manutenção do poder de compra do salário mínimo. Tradicionalmente, a equipe econômica usa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano corrente para corrigir o salário mínimo do Orçamento seguinte.
Com a alta de itens básicos, como alimentos, combustíveis e energia, a previsão para o INPC em 2021 saltou de 4,3% para 6,2%. O valor do salário mínimo pode, nesse sentido, ficar ainda maior, caso a inflação supere a previsão até o fim do ano.
PIB
O projeto do Orçamento teve poucas alterações em relação às estimativas de crescimento econômico para o próximo ano na comparação com os parâmetros da LDO. A projeção de crescimento do PIB passou, portanto, de 2,5% para 2,51% em 2022. Já a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como índice oficial de inflação, foi mantida em 3,5% para o próximo ano.
Outros parâmetros foram revisados. Por causa das altas recentes da Selic (juros básicos da economia), a proposta do Orçamento prevê que a taxa encerrará 2022 em 6,63% ao ano, contra projeção de 4,74% ao ano que constava na LDO. A previsão para o dólar médio foi, dessa forma, mantida em R$ 5,15.
Concedidos pelo governo para definir o salário mínimo
É importante lembrar que a nova previsão de aumento não significa um aumento real, isso porque o reajuste ocorre apenas para ser possível acompanhar a inflação, equivalendo o poder de compra. Confira os últimos reajustes concedidos pelo governo para definir, dessa forma, o salário mínimo:
- 2016 — Reajuste de 11,6% ajustando o salário mínimo para R$ 880;
- 2017 — Reajuste de 6,48% ajustando para R$ 937;
- 2018 — Reajuste de 1,81% ajustando para R$ 954;
- 2019 — Reajuste de 4,61% ajustando para R$ 998;
- 2020 — Reajuste de 4,7% ajustando para R$ 1.045;
- 2021 — Reajuste de 5,22% ajustando para R$ 1.100.
Ft: agenciabrasil, jornalcontabil