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Depois de um ciclo de alta das cotações das commodities agronegócio 2023 que influenciado por três anos do fenômeno climático La Niña.

O que esperar das cotações dos produtos do agronegócio em 2023?

Cotação dos produtos agropecuários deve registrar baixa em 2023, mas existem exceções

Depois de um ciclo de alta das cotações commodities agronegócio 2023 que influenciado por três anos do fenômeno climático La Niña, pela pandemia de covid-19 e pela Guerra na Ucrânia, o movimento de preços parece começar a se reverter.

Enquanto o custo de fertilizantes e defensivos agrícolas começa a se estabilizar, as projeções para a atual safra indicam aumento de produção. No entanto, a previsão é de crescimento do consumo para a maioria dos preços praticados pelo agronegócio brasileiro.

Com base nas análises para o mercado de cotações no agronegócio, reunimos as tendências dos principais produtos do setor. Confira quais são as projeções de cotações para 2023.

1. Soja

A cotação da soja deve sofrer diversas oscilações ao longo do ano, sendo afetada ainda pela Guerra na Ucrânia e pelas condições climáticas, sobretudo no Sul do Brasil. As cotações do mercado futuro da Bolsa de Chicago, principal local de comercialização da commodity, indicam oscilação negativa de 6% até o fim da safra atual.

2. Milho

O volume produzido de milho deve avançar 10% na atual safra, segundo a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa para as demandas interna e externa também é de alta, com especial atenção para o aumento de volume destinado à produção de etanol. Isso deve manter a estabilidade na cotação do cereal.

3. Café arábica

O crescimento da produção de café arábica no Brasil, devido à bienalidade positiva e à melhoria climática, deve puxar as cotações para baixo em 12% em 2023. Além disso, a atual alta de preços e a desaceleração econômica mundial devem reduzir o consumo da bebida, pressionando ainda mais o recuo do preço.

4. Cana-de-açúcar

A produção brasileira de cana-de-açúcar deve crescer 8% nesta safra em comparação à temporada anterior. Isso deve provocar recuo de 12% na cotação do açúcar bruto, segundo a pesquisa realizada pela Reuters. O preço do etanol ainda é muito incerto, pois depende da política de valores dos combustíveis.

5. Carne bovina

A carne bovina registrou em fevereiro queda de 1,22%, a maior dos últimos 15 meses, sob influência temporária da suspensão das exportações para a China. O mercado do boi está em franca expansão e deve abater 3,9% mais cabeças em 2023 em comparação ao ano anterior. Tudo isso indica a manutenção da baixa nas cotações.

6. Carne de frango

A produção de carne de frango deve crescer 2% em 2023, segundo projetou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), mas isso não deve baixar a cotação do produto, que avançou quase 50% no ano passado. Além da alta dos custos, as previsões apontam avanço de 0,8% no consumo per capita e de 2% nas exportações brasileiras.

7. Leite

A cotação do leite caiu ao longo do segundo semestre do ano passado, de acordo com um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Devido a problemas climáticos e à alta dos custos com ração, a produção deve retrair, e o preço médio do produto e dos derivados deve voltar a crescer até o fim de 2023.

8. Ovo

O preço da caixa com 30 dúzias de ovos teve crescimento médio de 27% entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023. A alta deve continuar, suportada pela redução da oferta e pelo aumento da demanda, até o fim do ano. Além disso, o valor nas cotações do agronegócio pago pelo milho e pelo farelo de soja, que representam 70% dos custos de produção, deve se manter estável.

Fonte: summitagro