O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) emitiu alerta de segurança alimentar sobre os casos
Um surto da bactéria E. coli, que estaria relacionada ao lanche Quarteirão, da rede McDonald’s, causou a morte de um idoso e uma infecção em pelo menos 49 pessoas nos Estados Unidos. Do total de infectados, 10 foram hospitalizados. Contudo, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) emitiu alerta de segurança alimentar sobre os casos.
Segundo o CDC, uma criança, infectada pela bactéria que estava presente no lanche do McDonald’s, está internada devido a complicações provocadas pela síndrome hemolítico-urêmica. Doença associada ao consumo de água e alimentos contaminados, considerada grave.
“Todos os entrevistados reportaram ter se alimentado em um McDonald’s antes do quadro de sintomas ter início, e a maioria mencionou especificamente ter comido um sanduíche Quarteirão”, informou o CDC.
O órgão detalhou ainda que investiga se há um ingrediente específico causador da contaminação. Os pesquisadores apresentaram duas possibilidades: as cebolas frescas fatiadas e os hambúrgueres de carne bovina.
As primeiras descobertas apontam as cebolas fatiadas às infecções, afirmou o diretor de Cadeia de Suprimentos do McDonald’s na América do Norte, Cesar Piña. Ele pondera que o ingrediente é proveniente de um único fornecedor que atende a três centros de distribuição da rede.
“Como resultado e em conformidade com os nossos protocolos de segurança, todos os restaurantes locais foram instruídos a retirar esse produto de seus estoques e suspendemos a distribuição de todos os lotes de cebolas em rodelas na área impactada”, diz o Cesar Piña.
Em nota, o McDonald’s esclareceu que, por precaução, está removendo temporariamente o Quarteirão de restaurantes localizados na área afetada: Colorado, Kansas, Utah e Wyoming, além de partes de Idaho, Iowa, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Novo México e Oklahoma.
O que é a bactéria E. coli O157 presente no lanche do McDonald’s ?
A Autoridade de Segurança Alimentar e Econômica de Portugal esclarece que identificaram a E. coli como bactéria patogênica entérica em 1940, e, a partir de então, os países desenvolvidos definiram medidas para o seu controle. Além disso, a indústria alimentar também reconheceu a importância da bactéria, utilizando-a como organismo indicador de contaminação fecal em água e alimentos desde o início do século XX.
As bactérias do gênero E. coli são Gram-negativas e pertencem à família Enterobacteriaceae. Contudo, a maioria dos casos de E. coli não representa qualquer perigo para os humanos. No entanto, algumas estirpes causam fortes diarreias.
Tal como a Salmonella, a E. coli é destruída por irradiação. Portanto, a presença de oxigênio aumenta o efeito letal da irradiação, que é máximo a temperaturas entre os 45 e os 55ºC.
Principais fontes de contaminação
O principal habitat de E. coli é o trato Intestinal dos humanos. Contudo, ainda segundo a Autoridade de Segurança Alimentar de Portugal, a transmissão das infecções causadas pela bactéria seguem principalmente três vias: o contato direto com animais, o contato com humanos e o consumo de alimentos contaminados.
No entanto, a contaminação transportada por animais representam um risco potencial de infecção por vias como:
- contaminação das terras quando os excrementos dos animais são utilizados como fertilizantes sem qualquer tratamento prévio;
- consumo de leite cru com contaminantes fecais;
- consumo de leite proveniente de vacas com mastites causadas por E. coli;
- consumo de água contaminada.
Por outro lado, a água contaminada de esgotos e agentes infecciosos podem também constituir vias de contaminação de alimentos com E. coli. Contudo, nos países com elevado padrão de higiene, não consideram a ETEC um problema de saúde pública.
Alimentos mais associados a infecções por E. coli
A saber, estudos apontam que os surtos causados por E. coli têm como primeira causa a contaminação fecal de água ou de alimentos devido a saneamentos deficientes e más práticas de higiene pessoal.
Por outro lado, já os principais alimentos associados ao surgimento da bactéria são:
- Carnes mal cozidas, principalmente de origem bovina (hambúrgueres);
- Tripas de animais;
- Alface;
- Sumos de fruta não pasteurizados;
- Queijo curado
- Leite cru.
Sintomas
Os sintomas mais comuns associados a E. coli incluem:
- Diarreia aquosa com muco (geralmente com sangue);
- Náuseas;
- Dores abdominais;
- Vômitos;
- Dores de cabeça;
- Febre e arrepios;
- Fadiga
Grupos de risco
Conforme a Autoridade de Segurança Alimentar de Portugal, as crianças e os viajantes para países em vias de desenvolvimento são os principais grupos de risco.
No entanto, qualquer pessoa é suscetível a contrair a colite hemorrágica causada por E. coli. Contudo, os sintomas são mais severos em idosos, em crianças e em indivíduos imunodeprimidos.
Fonte: diario do nordeste