Um consumo inadequado pode trazer diversos problemas
A ingestão de proteínas é indispensável para a saúde humana, essas substâncias de origem animal ou vegetal desempenham papéis fundamentais para as funções biológicas e para a manutenção dos tecidos, e apesar de ser fundamental para a saúde e estar presente no dia a dia das pessoas, a proteína ainda gera mitos e verdades.
Um consumo inadequado pode trazer diversos problemas, como perda de peso e/ou de musculatura, flacidez da pele, unhas quebradiças, queda de cabelos, dificuldade de cicatrização, entre outras questões, como explica a nutricionista Larissa Lima Duran. A seguir, a nutricionista ouvida esclarece mitos e verdades sobre esse consumo.
Proteínas vegetais são ‘piores’ que às de origem animal:
MITO: Não é possível comparar proteínas animais e vegetais como se fossem substituições idênticas. O consumo de proteínas vegetais é muito mais complexo e depende das combinações de alimentos feitas dentro de toda a dieta, não apenas do alimento específico e isolado, explica a nutricionista.
Ela cita como exemplo alimentos fontes de proteína de origem vegetal, como feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico, que precisam misturar com cereais, como arroz, aveia e milho para alcançar a combinação de todos os aminoácidos essenciais e fornecer proteínas de alto valor biológico. É o famoso feijão com arroz.
A proteína ajuda a controlar o apetite:
VERDADE: O processo de digestão e de absorção de alimentos ricos em proteínas é mais prolongado, resultando na sensação de saciedade por mais tempo em comparação com outros nutrientes, como carboidratos. Dessa forma, após consumir proteína, o indivíduo passa mais tempo sem fome e apetite.
Comer muita proteína faz ganhar músculos:
MITO : A proteína é essencial para a construção muscular, no entanto, o consumo em excesso não é mais eficaz que o consumo moderado. O crescimento muscular, pautado na ingestão equilibrada entre proteínas, carboidratos e gorduras.
Proteínas ajudam a perder peso:
VERDADE: Apenas comer alimentos ricos em proteínas não vai resultar na perda de peso. No entanto, conciliar o consumo de proteínas com a restrição calórica e exercícios ajuda a manter a massa magra. Ou seja, os músculos, enquanto o corpo queima a gordura e pode reduzir o peso.
Consumir proteína em excesso pode causar câncer:
MITO: Não existem evidências científicas que sustentem essa afirmação. Porém, importante manter um consumo adequado de proteínas. A recomendação proteica diária, tanto para homens quanto para mulheres, é de 0,8g por quilo de peso, conta a nutricionista.
Por exemplo, se uma pessoa pesa 70kg, deve calcular 0,8 x 70, devendo consumir 56g de proteína por dia como resultado e recomendação.
Um tipo de proteína exclui outro:
MITO: Fontes de proteína diferentes proporcionam diferentes benefícios nutricionais. As proteínas de origem animal são abundantes em aminoácidos de cadeia ramificada e ferro. Enquanto as proteínas vegetais são ricas em fibras, antioxidantes e outros nutrientes essenciais.
Em casos de dietas vegetarianas, veganas e outras que não incluem proteína animal, é preciso ter uma orientação profissional de médico ou nutricionista para garantir a suplementação adequada.
Proteínas animais e vegetais: qual a diferença?
As proteínas de origem animal geralmente têm todos os aminoácidos essenciais, enquanto as proteínas vegetais precisam de combinações de diferentes fontes para garantir a ingestão completa de aminoácidos.
Proteínas animais contêm gordura, enquanto as proteínas vegetais geralmente têm pouca ou nenhuma gordura.
Proteínas animais são fontes de ferro, zinco e vitamina B12; e as vegetais são ricas em fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes.
Uma alimentação adequada deve considerar a combinação de uma diversidade de fontes proteicas para garantir a obtenção de todos os nutrientes necessários para a saúde.
Segundo a nutricionista, a melhor forma de consumidor proteína é através de alimentos com bom valor proteico, como carnes, ovos, peixes, leguminosas (feijões, grão-de-bico, lentilha, ervilha tremoço, soja) e proteínas vegetais processadas, como proteína texturizada de soja (PTS) e tofu.