Em 2026, um novo terminal multifuncional do PTP Group será construído em Porto Murtinho (MS), com investimento de R$181 milhões. Com a obra, o município consolida o principal entroncamento hidroviário e rodoviário da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
O complexo será instalado às margens do Rio Paraguai, no km 2.322, em uma área total de 352,5 hectares. A estrutura planejada para atender as cadeias estratégicas de grãos, fertilizantes e carga geral, deve movimentar anualmente 1,15 milhão de toneladas de grãos, 700 mil toneladas de fertilizantes e 1 milhão de toneladas de cargas diversas.
O complexo contará com infraestrutura para expansão de silos, armazém de 20 mil toneladas e área offshore para atracação e operação de barcaças.
O projeto já recebeu a licença de supressão vegetal e a licença de instalação emitidas pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). Além disso, a Licença Prévia do empreendimento já teve todo o estudo ambiental apresentado ao insdtituto, e o processo segue em análise técnica.
Segundo o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, a implantação do terminal multifuncional marca uma nova etapa para o desenvolvimento logístico do estado. Contudo, este é o terceiro porto em implantação em Porto Murtinho.
O terminal ampliará a capacidade hidroviária e conectará a produção sul-mato-grossense a mercados do Atlântico e do Pacífico.
O projeto executivo prevê execução físico-financeira distribuída em dez meses. Contudo, o investimento total inclui obras civis, infraestrutura portuária e implantação dos sistemas de armazenagem e movimentação de cargas.
Reunião e acordos
A ampliação deve fortalecer o corredor logístico entre Mato Grosso do Sul, portos argentinos e o hub de Nueva Palmira, no Uruguai. Desse modo, ampliando as rotas de exportação e criando alternativas de importação via hidrovia. Além de favorecer o comércio boliviano, que tem aumentado o uso do Rio Paraguai.
Riedel propôs aos governos e províncias, a criação de modelo de governança para a hidrovia similar ao desenvolvido na Rota Bioceânica, instalando um fórum de governadores subnacionais para tratar conjuntamente de infraestrutura, regulação e expansão das operações ao longo do Rio Paraguai.
“Essa é a decisão que tomamos: não virar as costas para o Pacífico e também não virar as costas para o nosso ‘Mississippi’, o Rio Paraguai. A integração logística é a base do novo ciclo de desenvolvimento do Estado”, reforçou Verruck.
Fonte: Gov.MS





