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Confira as regras das embalangens de alimentos de todo o país.

Novas regras para rótulos de alimentos estão em vigor

As mudanças determinadas pela Anvisa já estão valendo.

A principal regra está na parte frontal dos embalagens dos alimentos, as quais têm de conter marcadores que indicarão a alta quantidade de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio

O consumidor vai notar mudanças na embalagem de alguns produtos alimentícios nos supermercados. As novas regras para rotulagem nutricional de alimentos entraram em vigor ontem.

Além do tradicional rótulo, foi adicionado um marcador informativo frontal também é uma das novidades. Mas qual é o impacto real dessa mudança na vida do consumidor?

O debate sobre o tema é antigo. Em 2003, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou a primeira regulação sobre o tema de alimentos no Brasil.

O conjunto de regras, à época, foi complementado por outras resoluções. Em 2019, o órgão realizou consulta pública para que a sociedade propusesse novos pontos para revisão das regras.

Mas quem lê o rótulo?

A leitura das informações da embalagem de alimentos não é um hábito para grande parte dos consumidores brasileiros. As razões são as mais diversas.

Vão desde desconhecimento do significado dos dados apresentados até o esquecimento, na pressa para comprar o que desejam e irem embora. É o caso da auxiliar de limpeza Adelaide Rocha, 33 anos, moradora de Ceilândia.

“Algumas vezes, leio. Quando estou apressada, olho somente a validade do produto e o levo. As informações também parecem um pouco difíceis de entender, então, prefiro só levar as marcas que já tenho costume”, conta.

Hábito importante

Algumas informações básicas devem constar na embalagem do produto, como o modo de preparo, a validade e a data de fabricação, alergênicos, presença de lactose e glúten, transgênicos, tabela nutricional e recomendações de conservação.

“É importante para que o consumidor saiba o que realmente está consumindo, todas as composições, a fim de que não se tenha problemas, caso compre esse alimento”, indica a nutricionista especialista em saúde da criança Marcella Madariaga.

Com tamanha importância, a verificação desses dados se torna relevante e a falta dela pode trazer sérias consequências. “Uma situação seria o paciente achar que está consumindo um alimento natural, sem nenhuma outra composição, e perceber que tem algo a mais compondo ele, como se fosse enganado”, exemplifica.

Novas embalagens nos alimentos

A maior mudança está na parte frontal das embalagens dos produtos, as quais terão de trazer marcadores apontados pela ilustração de uma lupa —, que indicarão a alta quantidade de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio. Tudo isso deverá constar na parte superior.

Vale lembrar que alegações nutricionais informações que impliquem relação entre nutriente e propriedade benéfica permanecem opcionais, mas com alguns requisitos.

Os alimentos marcados com o rótulo frontal não podem ter alegações para a substância apontada. Elas também não podem estar na parte superior da embalagem, quando houver marcador.

Além disso, a tabela de informação nutricional que fica na parte de trás da embalagem também passará por mudanças.

Esse trecho só poderá ser em letras pretas e fundo branco, sem contraste, a fim de facilitar a leitura. Será obrigatória a inserção de dados sobre açúcares totais e adicionados, valor energético e de nutrientes por 100g ou 100ml.

A tabela deverá estar localizada junto à lista de ingredientes, sem divisória.

Fonte: agencia brasil