Políticos e entidades criticam o reajuste praticado
A Petrobras anunciou nesta sexta (17) altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, a partir de 18 de junho. O preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). Sendo assim, para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%).
Arthur Lira (Progressistas), presidente da Câmara dos Deputados:
“O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Aliás, não por vontade pessoal minha. Mas porque não representa o acionista majoritário da empresa, o Brasil. E, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país.”
“As ações da Petrobras desabam em Nova Iorque no dia em que aumenta o seus produtos. Prova maior da inconsequência corporativa de agir contra todo um país e o acionista controlador?”
Décio Padilha, presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz):
“Nesse sentido, o verdadeiro problema é a questão da cotação internacional do barril de petróleo, e não o tributo. Mas, não adianta zerar, acabar com o tributo. O problema, no entanto, é conjuntural. E não se resolve com uma solução estrutural que é o ICMS que vai afetar a saúde e educação por muitos anos. Uma vez que 25% do ICMS obrigatoriamente vai pra educação, e no mínimo 2% vai para saúde outros 25% temos que passar pras políticas públicas dos municípios.”
Ivan Valente (PSOL), deputado federal:
“Enxugando gelo. Gasolina aumenta 5,2% e diesel 24,2%. Para mostrar que não há redução de ICMS que dê jeito. Só retira mais dinheiro da educação e saúde. E privatizar a Petrobras vai explodir ainda mais os preços. É a Paridade com o dólar. O povo não aguenta mais.”
Marcelo Labre (PL), deputado federal:
“Aliás, a questão dos combustíveis já ultrapassou o limite do razoável. É preciso que sejam tomadas medidas extremas na Petrobras para conter os abusos da política de preços. Já virou sabotagem.”
Luiz Lima (PL), deputado federal:
“Exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial.”
O impacto dos preços da gasolina e do diesel
No entanto, na nota em que anuncia o reajuste, a Petrobras afirma que o mercado global de energia está atualmente em “situação desafiadora”. Tudo isso por conta da recuperação da economia mundial e a guerra na Ucrânia.
Ainda mais, a estatal aponta, que “é sensível ao momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando. E além disso, compreende os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos”. E que tem buscado, dessa forma, equilibrar seus preços com o mercado global. Mas sem o repasse imediato da volatilidade dos preços externos e do câmbio.