Trata-se de um movimento estético, que pretende romper com tudo aquilo que é associado ao casamento tradicional
Talvez, enquanto olhava as redes sociais, você já tenha se deparado com a notícias sobre anti-bride (em uma tradução livre, algo como “anti-noiva”). A princípio, pode parecer um contrassenso o uso dela justamente em fotos que mostram… noivas! No entanto, trata-se de um movimento estético, que pretende romper com tudo aquilo que tem associação ao casamento tradicional.
As adeptas do movimento anti-bride propõem que o casamento (e todos os momentos que vêm junto com esse rito de passagem) não precisa, necessariamente, ser envolto por elementos que remetam à pureza, ao romantismo e à ingenuidade. Segundo elas, as tradições não só podem, como devem ser quebradas, se fizer sentido para aqueles que estão subindo ao altar.
Anti-bride, causando!
Para as anti-brides, é possível viver esse momento sem o uso do branco, do véu, do buquê ou de longos vestidos brancos. E, ainda, expressar sua personalidade por meio de acessórios ou escolhas que estejam alinhadas ao próprio estilo de vida.
Antes que esse estilo de casamento tivesse um nome, há mais de 50 anos, Yoko Ono, com seu vestido de noiva curtinho, e Bianca Jagger, com seu conjunto de alfaiataria assinado por Saint Laurent. Já personificavam esse espírito. A diferença é que, atualmente, essa estética deixou de ser exceção e ganha cada dia mais espaço.
O surgimento dos vestidos de noivas
A história do vestido está ligada diretamente à própria origem do casamento, que surgiu com o objetivo de legalizar uma unidade familiar, seja para dar legitimidade aos filhos e a herança, o estabelecimento de alianças entre famílias e clãs ou a reunião e troca de bens e riquezas. Por isso, não leve em consideração apenas a definição romântica.
Vale lembrar que em alguns povos o casamento era um ato mais de troca de valores, ou seja comercial, do que verdadeiramente de amor. Durante muito tempo, e por sua importância socioeconômica, foi considerado impróprio deixar os corações falarem mais alto.
De início, as cores diferentes, contanto que os vestidos fossem luxuosos. Até porque o casamento era visto apenas como um arranjo comercial e o vestido da noiva servia justamente para mostrar à sociedade que as famílias tinham inúmeras posses. “Os vestidos podiam ser de qualquer cor, inclusive muito se usou vermelho em épocas mais remotas, como na Idade Média (entre 476 d.C. e 1453 d.C.) e em culturas diferentes, como no Japão, Índia e China”, conta Míriam Costa Manso, professora do curso de Design de Moda da UFG (Universidade Federal de Goiás).
Fontes: harpersbazaar, pinterest