“Assim, nossa recomendação é ir fixando preços cada vez que Chicago chegar próximo de $14200
De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, o mercado de soja continua andando de lado nos últimos 18 meses, com as raras exceções acontecendo para baixo e não para cima, diante dos fundamentos baixistas. Além disso, a possibilidade de elevação da oferta dos Estados Unidos (vide último relatório do USDA), Argentina e Brasil e o clima continuam sendo o fator seguido de perto.
“Assim, nossa recomendação é ir fixando preços cada vez que Chicago chegar próximo de $14200. Que corresponde a aproximadamente R$ 156,50/saca, que seria o teto desta temporada, como mostra o gráfico acima e que já se apresentou três vezes até o momento. Então, se aceitarmos os custos do DERAL-PR com o parâmetro, estimado em R$ 114,87/saca, este valor de R$ 156,50 conteria um lucro de 36,24%, bem razoável. Mas, e se subir mais? Esta é uma pergunta que não deve ser feita: muita gente já perdeu lucros fantásticos como este, por buscar uma possibilidade que nunca chegou. Não corra atrás de preço, corra atrás de lucro!”, completa.
Por isso, nesse contexto, a boa produção do Sul pode compensar a quebra no norte. “Apesar dos cortes, há expectativa de que os volumes sejam compensados, ao menos em parte, com a safra dos Estados mais produtivos da região Sul: Paraná e Rio Grande do Sul.
Sendo assim, o presidente da Agroconsult, André Pessôa, disse que o pessimismo em relação ao clima não considera a situação das lavouras da região, que estão indo muito bem.
Esta consultoria, que percorre fisicamente as lavouras brasileiras através do seu Rally da Safra, estima que o Brasil deverá produzir 161,6 milhões de toneladas de soja em 2023/24. Mas, segundo Pessôa, esse potencial atingido em função da área e de recuperações no Sul”, conclui.
Soja: chuva traz alívio a produtores do Centro-Oeste e Sudeste
As chuvas registradas no Centro-Oeste e Sudeste trouxeram certo alívio a sojicultores dessas regiões nos últimos dias.
Segundo pesquisadores do Cepea, a semeadura da temporada 2023/24, que vinha avançando pouco por conta da falta de umidade e das altas temperaturas, passou a ganhar mais ritmo.
Já na região Sul, o excesso de chuvas continua impedindo o avanço na semeadura.
No geral, as atividades de campo estão atrasadas frente a anos anteriores.
Em relação aos preços da soja em grão, a valorização dos derivados (óleo e farelo) e a cautela dos produtores em negociar o remanescente da safra 2022/23 continuam sustentando as cotações no mercado doméstico.