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Governos de MS e Paraguai vão mapear saúde nas cidades fronteiriças. Objetivo é cruzar dados para saber onde há falta de insumos e profissionais Foto: Secom/Gov.ms

Governo de Mato Grosso do Sul e Paraguai iniciam mapeamento inédito da rede de saúde na fronteira

Projeto integra acordo bilateral e visa otimizar atendimento de saúde nas cidades fronteiriças

O primeiro eixo do acordo de cooperação entre Brasil e Paraguai, assinado após evento binacional realizado no último mês, dará início a um amplo mapeamento das estruturas de saúde nas cidades fronteiriças entre os dois países. A ação conta com o Governo de Mato Grosso do Sul como um dos signatários, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde).

Dentre os pilares do termo está identificar capacidades hospitalares, bem como recursos humanos e equipamentos disponíveis em regiões como Ponta Porã (MS), Mundo Novo (MS), Pedro Juan Caballero (PY), Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este (PY).

Assim, a iniciativa inclui a participação da Sesa (Secretaria de Estado de Saúde do Paraná) juntamente com as Prefeituras de Porto Murtinho e Ponta Porã, além de autoridades de saúde paraguaias. A etapa de mapeamento é considerada fundamental para sobretudo alicerçar as demais etapas do acordo, que incluem intercâmbio de dados assim como monitoramento epidemiológico.

“O mapeamento nos permitirá entender, em detalhes, a realidade de cada município. Ou seja, utilizaremos o cruzamento de dados para verificar onde há falta de insumos, bem como profissionais ou leitos. Logo, esse levantamento é essencial para direcionar investimentos e assim, criar uma rede de saúde integrada. Dessa forma, será possível atender rapidamente a população fronteiriça”, destaca a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone. Ela assinou como uma das signatárias do termo.

Como funcionará o mapeamento

O trabalho, previsto na Lei paraguaia nº 6.709/2021 e no Decreto brasileiro nº 11.859/2023, que promulgam acordo entre os dois países em relação às localidades fronteiriças vinculadas, envolverá

  • Diagnóstico detalhado; levantamento de informações junto às unidades da saúde dos dois lados da fronteira.
  • Integração de dados; criação de um mecanismo para o intercâmbio de informações, orientado à resposta rápida e oportuna na gestão de saúde entre as localidades fronteiriças.
  • Criação de uma sala de situação epidemiológica entre Paraguai e os estados brasileiros de Mato Grosso do Sul e Paraná para análise conjunta a fim de propor soluções compartilhadas, como deslocamento de equipes entre os países em situações emergenciais.

As cidades prioritárias são

  1. Ponta Porã (MS) / Pedro Juan Caballero (PY)
  2. Porto Murtinho (MS) / Carmelo Peralta (PY)
  3. Salto del Guairá (PY) / Mundo Novo (MS) e Guaíra (PR)
  4. Foz do Iguaçu (PR) / Ciudad del Este (PY)

Fronteira como área de atenção contínua

O mapeamento servirá de base para os outros eixos do acordo. Ou seja, o intercâmbio de informações em tempo real e a Sala de Situação epidemiológica. A previsão é que seja elaborado plano de trabalho conjunto, incluindo responsabilidades e metas para ambos os países.

Superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho reforça a necessidade de ações coordenadas. “Doenças como dengue, assim como febre amarela não respeitam fronteiras. Com dados precisos, poderemos intervir antes que surtos se espalhem”, finaliza.

Fonte: Secom/Gov.ms