Escritora, morta em Lisboa neste sábado, foi um dos nomes mais internacionalizado da literatura brasileira
Morreu a escritora Nélida Piñon morreu neste sábado, em Lisboa, aos 85 anos. Mas, a informação foi confirmada por Rodrigo Lacerda, editor na Record, casa que publicou livros da autora. A causa da morte não foi informada.
A escritora brasileira ocupou a 30ª cadeira da Academia Brasileira de Letras, a ABL, em 1990. Seis anos depois, Piñon virou presidente da instituição criada por Machado de Assis, tornando-se a primeira mulher a assumir o posto.
Por isso, a Piñon estreou na literatura com o romance “Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo”, lançado em 1961. Seu segundo livro “Madeira Feito Cruz” saiu dois anos depois, em 1963.
A autora é, ao lado de Jorge Amado e Paulo Coelho, o nome mais internacionalizado da nossa literatura. Então. além de ser parte do “boom” latino-americano, rompeu uma série de fronteiras –e abriu caminhos para escritores brasileiros.
Escritores brasileiros
Ampliar seu espaço
Em 2005, pelo conjunto de sua obra, recebeu o importante Príncipe de Astúrias. Apesar das conquistas, Piñon acredita que seu reconhecimento dentro de seu próprio país aquém ao que tem fora do Brasil.
“Eu acho que sou respeitada. Se eu tivesse ganhado hoje o Príncipe das Astúrias, a reação teria sido diferente. Não estou me exibindo”, disse à Folha.
Sendo assim, Nélida Piñon doutora honoris causa das universidades Poitiers, Santiago de Compostela, Rutgers, Florida Atlantic, Montreal e UNAM. Em 2012, foi nomeada Embaixadora Ibero-Americana da Cultura.
Fonte: correio estado