A declaração foi feita no programa Jonatan Viale, do canal LN+, na terça- feira (15)
O candidato à Presidência da Argentina Javier Milei, vencedor das primárias realizadas no domingo (13) disse que pretende eliminar 10 dos 18 ministérios existentes no país. A declaração feita no programa Jonatan Viale, do canal LN+, na terça- feira (15).
Assim, Milei propõe extinguir os ministérios da Cultura, do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, das Mulheres, do Trabalho, da Saúde e da Educação e de Ciência e Tecnologia.
Com isso, caso Milei eleito em 22 de outubro, seu governo teria só 8 ministérios: Economia, Justiça, Relações Exteriores, Defesa, Segurança, Interior, Infraestrutura e Capital Humano. Dessa forma, durante a entrevista, Milei afirmou que o “Estado não é a solução, é o problema”.
Aliás no programa, Milei explica que o Ministério do Capital Humano funcionará como uma junção dos ministérios da Saúde, Trabalho, Educação e Desenvolvimento Social. Ele afirmou que o “superministério” terá comando de Sandra Pettovello, e o secretário de Educação será o acadêmico liberal Martín Krauze.
Além disso, o candidato afirma que vai mudar a forma de dar assistência. “Não vamos dar o peixe. Vamos ensinar a pescar”, disse.
O Ministério das Mulheres será eliminado porque Milei afirma acreditar “na igualdade perante a lei” e que a pasta cria privilégios e não promove a igualdade. De acordo com ele, o 1º a “levantar a bandeira pelo feminismo” foi o filósofo liberal Jeremy Bentham.
Quem é Milei
Javier Gerardo Milei tem 52 anos, formado em economia e liderou com 30,4% dos votos a eleição primária de 13 de agosto de 2023 na disputa pela Presidência da Argentina. Ele está à direita no espectro político ideológico, com ideias ultraliberais na economia. Assim, defende fechar o Banco Central do país, acabar com o peso e usar o dólar dos EUA como moeda local.
O candidato concorre à Casa Rosada pela coalizão “La Libertad Avanza” (em português, A Liberdade Avança). Milei se autodefine como “anarcocapitalista” e “libertário” é contra a interferência do Estado na sociedade e a favor do sistema de livre mercado. Diz que seu programa será uma “motosserra” para cortar gastos públicos. Afirma que o aquecimento global é uma mentira, é a favor da venda de órgãos e defende o sistema de educação não obrigatório e privado.
Fonte: poder360