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No fim do ano passado, o México informou a abertura do mercado para a importação de carne suína brasileira produzida em Santa Catarina

México amplia abertura para a carne suína do Brasil

A carne enviada para aquele mercado, no entanto, precisava ser enviada para estabelecimentos auditados pelo serviço de inspeção oficial mexicano

O México ampliou a abertura do seu mercado para a carne suína do Brasil, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Agora, o Brasil poderá exportar o produto in natura, sem a necessidade de passar por processamento térmico em solo mexicano antes de ser vendido aos consumidores, o que facilita o processo.

“É mais uma demonstração de que o humor do mundo mudou em relação ao Brasil”, disse Fávaro. Segundo o ministro, o México consome 1,5 milhão de toneladas de carne suína por ano, o que representa um potencial significativo para o segmento no Brasil. “Vamos começar a pegar uma fatia desse mercado”, afirmou.

Assim, no fim do ano passado, o México informou a abertura do mercado para a importação de carne suína brasileira produzida em Santa Catarina, Estado que já tinha o status de livre de febre aftosa sem vacinação na época do pedido do Brasil de acesso ao país.

Portanto, a carne enviada para aquele mercado, no entanto, precisava ser enviada para estabelecimentos auditados pelo serviço de inspeção oficial mexicano, cozida e enlatada para, então, ser comercializada no país. Na semana passada, as autoridades mexicanas anunciaram a retirada dessa exigência o que, na prática, torna o processo menos burocrático e agrega valor ao produto brasileiro.

 Carne suína do Brasil no México

Fávaro disse que o Brasil, até então, não estava realizando embarques para lá por conta dessa obrigatoriedade. Seis empresas catarinenses tem habilitação para exportar carne suína ao México e poderão mandar os produtos diretamente para os clientes mexicanos. Indústria comemora Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a medida abre novas oportunidades para o fornecimento dos produtos brasileiros. Aliás, a entidade espera que as vendas também possam ter ampliação para unidades de outros Estados em breve, como Rio Grande do Sul e Paraná.

“Além de ampliar a capacidade de suprimento ao mercado mexicano, a medida torna mais simples o processo de exportação de produtos suinícolas para o mercado, igualando as condições de embarques com outros exportadores, como os EUA (principal fornecedor para o mercado mexicano). Ao mesmo tempo, abre oportunidade para o fornecimento desses produtos a outros perfis de importadores de carne suína”. Disse a ABPA em nota enviada ao Valor.

Santa Catarina já é um Estado reconhecido pelas autoridades mexicanas como livre de aftosa sem vacinação. A ABPA tem a expectativa de que a medida estendida a outras áreas. Recentemente, o Chile fez o mesmo reconhecimento ao Rio Grande do Sul. União Europeia O ministro Carlos Fávaro afirmou, ainda, que assinou na semana passada uma carta que terá o envio às autoridades da União Europeia solicitando a retomada das negociações para a exportação de produtos brasileiros ao bloco, como carne de frango e ovos.

O movimento é estratégico, para aproveitar o “bom humor” global com o Brasil e a sanidade da produção local. Que segue com vigilância ativa para evitar a entrada da gripe aviária no país. “Estamos atentos, mas nosso maior risco já passou, que foi o período entre dezembro e janeiro, por causa do fluxo das aves migratórias. Intensificamos a vigilância e não tivemos nenhum caso.

Isso faz com que apareçam novas oportunidades de mercado”, apontou o ministro. Segundo ele, um dos mercados que voltaram a comprar ovos in natura do Brasil foi o Japão. Aliás, uma grande empresa do segmento exportou mais de 100 contêineres para o país asiático recentemente, disse Fávaro.

Crédito rural

Sobre o novo esgotamento de recursos nas linhas do crédito rural para investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fávaro disse que já conversou com o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, que garantiu ao ministro que vai providenciar mais recursos para retomar os financiamentos em breve. Além disso, o BNDES não é o único banco a operar as linhas equalizadas do crédito rural nesse Plano Safra.

Assim, outras instituições, como Banco do Brasil, Sicoob e Sicredi também receberam saldos do Tesouro Nacional para operar programas de investimentos com juros controlados na safra 2022/23. A maior parte também já está fechada. Na safra 2022/23, o BNDES solicitou R$ 34,5 bilhões de limite equalizável. Mas teve autorização a operacionalizar R$ 19,8 bilhões.

Fonte: suinoculturaindustrial