O debate traz dois questionamentos centrais: o que é ser mãe e qual a posição dos animais atualmente nas famílias brasileiras
No segundo domingo de maio, fotos e homenagens ao Dia das Mães lotam as redes sociais, uma foto com a hashtag “mãe de pet” na legenda é o suficiente para desencadear a polêmica. Mas, afinal, por que o termo é tem tantas critícas?
O debate traz dois questionamentos centrais: o que é ser mãe e qual a posição dos animais atualmente nas famílias brasileiras. Porém, antes de tentar respondê-los, é preciso entender a diferença entre questões individuais e debates coletivos. Isso porque a problematização acerca do termo vem, na verdade, da invisibilização da figura materna e das dores envolvidas neste processo. O problema não é chamar o pet de “filho”, e sim não compreender a diferença entre os dois cenários.
É inegável que a relação com os peludos e a função que eles passaram a ocupar nas vidas das pessoas se transformou ao longo do tempo, o que aumenta a percepcão de que são quase membros das famílias das casas em que vivem.
“O ser humano se afeiçoa aos bichos porque eles também se apegam rapidamente a nós. Além disso, são capazes de oferecer o que muitos não encontram em outros lugares – afeto, companhia, reciprocidade e lealdade. Este contato pode acabar, sim, remetendo a um amor entre mãe e filho”, esclarece Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica.