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O código braille foi reconhecido como uma invenção extraordinária que impacta a vida de milhares de pessoas cegas no mundo todo

Louis Braille e sua invenção extraordinária

Como um estudante inventou o código braille?

O código braille foi reconhecido como uma invenção extraordinária. Ela impacta a vida de milhares de pessoas cegas no mundo todo que tiram proveito desse sistema. O código braille: um método tático de escrita e leitura inventada por um educador francês chamado Louis Braille. Mas quem foi esse homem que viveu apenas 43 anos que causou uma diferença enorme na vida de tanta gente?

Nascido em janeiro de 1809, em Coupvray, na França, Louis Braille sofreu um acidente quando tinha 3 anos. Seus pais trabalhavam em uma oficina, e o menino estava brincando com uma furadeira de couro quando machucou um dos olhos. A infecção se espalharia para ambos os olhos. E, aos 5 anos, ele se tornaria totalmente cego.

Seus pais, Monique e Simon-Rene, queriam que o filho tivesse uma educação integral. Louis passou a aprender por meio apenas da escuta. Aos 10 anos, o menino era tão diligente que ganhou uma bolsa no Institut National des Jeunes Aveugles, o instituto francês para estudantes cegos.

Neste colégio, os alunos receberam um dia uma visita do militar Charles Barbier, onde ele lhes apresentou um sistema criptográfico com 12 sinais que criou no exército. Sobretudo, para facilitar a comunicação entre as tropas durante as guerras. Assim, os soldados poderiam ler as mensagens sem usar lanternas que alertariam os inimigos.

Louis Braille então se deu conta que o sistema poderia ser bastante útil para os cegos, que ainda tinham pouquíssimos recursos para ler. Ele passou então a estudar o sistema do capitão Barbier. E desse modo, criou um novo código que usava apenas 6 sinais. De forma que os cegos poderiam lê-los usando apenas o dedo indicador de uma das mãos.

Braille e sua invenção extraordinária

Assim sendo, no período compreendido dos seus 12 aos 15 anos, Louis Braille se dedicou ao trabalho no código que estava criando. O sistema usava apenas 6 sinais (3 pontos na vertical próximos aos outros). Os mesmos tinham sua utilização em diferentes combinações. Todos os momentos livres do estudante passaram a ter sua dedicação a este projeto. Ironicamente, ele utilizava uma furadeira de papel como aquela que o cegou.

Entretanto, aos 15 anos, Braille finalizou o seu código tátil de escrita e leitura composto por 64 símbolos no total. O sistema foi apresentado aos seus colegas pela primeira vez em 1824. Deste modo, todos os estudantes cegos não dependeriam mais de um processo lento. E ainda, poderiam escrever e ler letras e números.

No entanto, o sucesso do trabalho se deveu em parte pelo fato de que Louis Braille recebeu o apoio do diretor do instituto. Assim sendo, um novo diretor assumiria em 1840 e baniria o código Braille da escola. Pois temia que os professores, que não eram cegos, se tornassem obsoletos caso todos os estudantes aprendessem o sistema.

Depois de sua morte o código braille teve reconhecimento

Ainda assim, Louis Braille persistiu. Ele seguiu trabalhando e se aprimorou. Tanto como músico, escritor, pesquisador, quanto inventor e professor no mesmo Institut National des Jeunes Aveugles. Quando tinha 20 anos, Braille publicou o primeiro livro sobre o método braille. Instruindo dessa forma, as pessoas sobre como escrever letras e compor músicas usando o sistema.

Mas, infelizmente, Louis Braille não viveu muito tempo. Ele parou de dar aulas por conta de uma tuberculose. E dessa forma, morreu em 6 de janeiro de 1852, quando tinha apenas 43 anos.

No entanto, alguns anos depois de sua morte, o código braille teve reconhecimento. Sobretudo, como uma invenção extraordinária que poderia impactar na vida de milhares de pessoas. Ele passou a ter adaptação e emprego em diferentes nações. Usando sempre o método de 6 pontos. Podendo, assim, escrever em diferentes línguas, símbolos, números, fazer matemática e registrar a música.

No ano de 2009, centenário do seu nascimento, Louis Braille foi celebrado no mundo todo. Como também reconhecido como um gênio que impactou, e segue impactando, a história de tantas pessoas. Que dependem, sobretudo de sua invenção para aprender e ensinar.