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A Região Geográfica Intermediária de Campo Grande produz mais de 1,1 mil toneladas de lixo por dia

Lixo urbano pode virar energia elétrica para 130 mil casas

A iniciativa, que envolveria investimentos de cerca de R$ 1 bilhão, pode gerar 1,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos

A Região Geográfica Intermediária de Campo Grande, aparece com destaque em um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN) sobre as regiões com maior potencial de geração de energia elétrica a partir do lixo urbano.

De acordo com o estudo, a região tem a possibilidade de receber uma usina de recuperação energética (URE), com 35 MW de potência instalada, e produzir energia limpa e renovável na ordem de 280 mil MWh/ano – o suficiente para suprir o consumo de cerca de 130 mil de residências – o equivalente a quase 9% da população da região.

A iniciativa, que envolveria investimentos de cerca de R$ 1 bilhão, pode gerar 1,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Além disso, estima-se uma arrecadação de R$ 1 bilhão em tributos durante um período de 30 anos de concessão.

Segundo Yuri Schmitke, presidente da ABREN, “esse tipo de empreendimento, que oferece diversos benefícios ambientais, também é considerado mundialmente a solução mais adequada para resolver o problema dos resíduos sólidos urbanos”. Com cerca de 1,5 milhão de habitantes, a Região Geográfica Intermediária de Campo Grande produz mais de 1,1 mil toneladas de lixo por dia, que somam cerca de 410 mil toneladas por ano.

Energia elétrica gerada pelo Lixo urbano evitaria gastos

Uma URE pode ser viabilizada por meio de um consórcio entre Campo Grande e os municípios vizinhos. Como prevê o novo Marco Legal do Saneamento (Lei nº 14.026/2020). Durante a vida útil da usina, a cidade pode evitar a emissão de até 20 milhões de toneladas de CO2. Além de recuperar 320 mil toneladas de metais, sendo que a quase totalidade das cinzas podem ter reaproveitamento pela construção civil e pavimentação, entre outros.

“Além disso, o tratamento adequado do lixo evitaria gastos da ordem de R$ 2 bilhões para a saúde pública e meio ambiente. Relacionados a doenças causadas pela exposição dos cidadãos a condições insalubres de lixões. Além de mitigar os gastos com danos ambientais provenientes do armazenamento inadequado de resíduos”, destaca Schmitke.

O projeto de uma URE colabora ainda com a economia circular, pois auxilia na gestão mais eficiente dos recursos naturais existentes e otimiza o ciclo de reciclagem. Aliás, contribuindo também com os coletores de materiais recicláveis.

É uma das três regiões intermediárias de Mato Grosso do Sul e uma das 134 regiões intermediárias do Brasil. Criadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017. Assim, é composta por 32 municípios, distribuídos em quatro regiões geográficas imediatas.

Portanto, sua população total estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 1º de julho de 2019 é de 1 527 924 habitantes, distribuídos em uma área total de 159 255,717 km².

Sendo assim, Campo Grande é o município mais populoso da região intermediária. Além de ser capital do estado, com 895.982 habitantes, de acordo com estimativas de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: PM de Campo Grande