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Líderes de bancadas do Senado Federal ocorre hoje, terça-feira (5) para debater a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC).

Líderes do Senado se reúnem para debater CPI do MEC

Requerimento para instauração da CPI  (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MEC  já tem 31 assinaturas – são necessárias 27

Uma reunião de líderes de bancadas do Senado Federal ocorre hoje, terça-feira (5) para debater a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC).

Ou seja vão ser investigados o possível tráfico de influência e corrupção para liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fez um protocolo sob requerimento na Casa em 28 de junho, e pode ser lido em plenário ainda nesta semana.

A etapa é obrigatória para a criação da CPI.

No entanto o Poder Executivo trabalha para retirar ao menos cinco assinaturas para inviabilizar a criação da Comissão.

O mesmo já aconteceu em abril, quando três senadores tirou os seus nomes. A base do presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda deseja a realização de uma CPI alternativa.

Um exemplo das propostas já protocoladas pelo líder do governo, Carlos Portinho (PL-RJ), investigaria obras inacabadas em creches, escolas e universidades entre 2006 e 2018. Contudo, durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou, em 22 de junho, que a proximidade das eleições poderia prejudicar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

“Evidentemente, sobre o aspecto de conveniência e de oportunidade, sem desconhecer a importância do instituto da CPI, no momento pré-eleitoral e muito próximo das eleições, isso de fato é algo que prejudica o escopo de uma CPI, que é uma investigação isenta, que é o tempo necessário e a própria composição dela e de todos os senadores dedicados”, explicou Pacheco na ocasião.

Bolsonaro, por sua vez, em 29 de junho, alegou que a CPI poderia servir para parlamentares de oposição “fazerem campanha” contra o governo. Mas, quando se abre uma CPI, abre-se um mar de oportunidades para os oportunistas fazerem campanha contra a gente”, disse o chefe do Executivo.

Entenda o que é uma CPI

O objetivo de uma CPI é apurar um fato, criada por um  requerimento de senadores, deputados ou em conjunto (chamadas CPIs mistas ou CPMIs). Em qualquer caso, é necessário que um terço dos parlamentares assine o pedido.

A comissão não tem poder de julgar ou punir, apenas de investigação. O colegiado pode inquirir testemunhas para depoimento, ouvir suspeitos; solicitar informações e documentos à administração pública e quebrar sigilo bancário.

Desde que por ventura o ato devidamente fundamentado, com o dever de não dar publicidade aos dados. Desse modo, aA única exceção para prisão é em caso de flagrante. Assim, ministros e outros agentes públicos precisam prestar esclarecimentos. Enquanto isso as CPIs são temporárias e, ao término do prazo estabelecido para funcionamento, é apresentado um relatório final.

A aprovação dele depende de votos da maioria dos membros.

Resultado da reunião de hoje (5)

O presidente do SenadoRodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta terça-feira (5) que duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) serão abertas ainda em 2022, mas apenas depois do período eleitoral. Ele citou investigações envolvendo o Ministério da Educação e crimes na Amazônia

“O Senado, integralmente, reconhece a importância das CPIs para investigar ilícitos no MEC, desmatamento ilegal na Amazônia, crime organizado e narcotráfico. Os requerimentos serão lidos em plenário por dever constitucional e questões procedimentais serão decididas.”

“Porém, a ampla maioria dos líderes entende que a instalação de todas elas deve acontecer após o período eleitoral, permitindo-se a participação de todos os senadores e evitando-se a contaminação das investigações pelo processo eleitoral. Esse é o extrato da reunião de líderes ocorrida nesta manhã.”

O primeiro turno das eleições está marcado para 1º de outubro. As disputas que terão segundo turno serão em 30 de outubro.

 

(*Com informações da Agência Senado)

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