A entrega da carta de renúncia ao presidente nesta quinta-feira (21/7) se deu pelo colapso do governo de coalizão
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, dissolveu o parlamento italiano (21/7) depois da renúncia do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, agora, o país terá eleições antecipadas de legisladores, em 25 de setembro, de acordo com o jornal italiano Rai.
Em discurso depois da assinatura do decreto de dissolução do parlamento, Mattarella falou que a atitude foi “inevitável” em razão da falta de apoio parlamentar ao governo “e novas oportunidades para uma nova maioria“.
“Devo destacar que o período que atravessamos não permite pausas na tomada das medidas necessárias para fazer face aos efeitos da crise econômica e social. Em particular o aumento da inflação. Causado sobretudo pelo custo da energia e alimentos, que traz consequências pesadas para as famílias e empresas”, disse o presidente.
A entrega da carta de renúncia ao presidente nesta quinta-feira se deu pelo colapso do governo de coalizão. O primeiro-ministro já havia anunciado que renunciaria em 14 de julho, mas Mattarella recusou. Draghi continua no cargo até ser substituído para cuidar de “assuntos atuais”.
O primeiro-ministro, então, disse que continuaria no cargo se seu partido, Movimento 5 Estrelas, se comprometesse com o pacto de unidade nacional criado para o governo. Contudo, Draghi continuou sem apoio do parlamento na coalizão do governo e preferiu renunciar.
A Constituição da Itália exige que as eleições sejam feitas no máximo até 70 dias depois da dissolução, em um domingo. O mandato do Parlamento terminaria em 2023. Menos parlamentares serão eleitos: 400 na Câmara e 200 no Senado, em vez de 945, de acordo com o Rai.
O presidente Mattarella convocou Draghi, ex-chefe do Banco Central Europeu, para formar um governo de unidade nacional no início de 2021. Para orientar o país em sua recuperação econômica em meio à pandemia de COVID-19.
Fonte: jovempam