O projeto estabelece que a cidadania por direito de sangue, reconhecida aos que descendem até o terceiro grau do cidadão italiano
O Parlamento da Itália começou a analisar um projeto que limita a obtenção da cidadania para descendentes. O texto, proposto por um senador do Irmãos da Itália, partido fundado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, determina que o reconhecimento sem necessidade de morar no país seja até a terceira geração bisnetos. O requerente precisa comprovar que fala italiano. No entanto, ainda não há previsão para a votação do projeto no plenário.
Aliás, apresentado em junho do ano passado por Roberto Menia, o texto ficou parado até o fim de janeiro. Quando incluído na pauta da Comissão de Assuntos Constitucionais do Senado.
O projeto estabelece que a cidadania por direito de sangue reconhecida aos que descendem até o terceiro grau do cidadão italiano. Ou seja, bisneto ou bisneta.
Se o parentesco ultrapassar a terceira geração, o solicitante precisa morar na Itália por pelo menos um ano antes de apresentar o pedido na cidade em que reside. Nos dois casos exigido um certificado de conhecimento da língua com nível intermediário. Assim, caso seja aprovada, a mudança deverá impactar os brasileiros de origem italiana que pretendem ter acesso à cidadania por sangue. Atualmente reconhecida sem limite de gerações. A Embaixada da Itália no Brasil estima que existam 30 milhões de descendentes no país.
Assim, prefeitos e integrantes do Judiciário do norte da Itália reclamaram recentemente da sobrecarga causada, nos serviços de registros civis e nos tribunais, por pedidos de cidadania de brasileiros.
Embora outras propostas parecidas tenham circulado no Parlamento nos últimos anos, a inclusão do projeto na pauta em uma comissão do Senado aumenta as chances de avanço da matéria. Aliás, a tramitação pode levar até um ano no Congresso.
E.T. “Basta” em italiano é pare, parado em português.
Fonte: exame