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O resultado positivo do crescimento da indústria 2024 foi impulsionado pelo segmento de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. - Foto: Reprodução/ cna

Informática e eletrônicos impulsionam crescimento da indústria em 2024

A produção industrial brasileira avançou 3,1% em 2024, mostram dados divulgados esta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

O resultado positivo do crescimento da indústria 2024 teve impulsionamento pelo segmento de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

O que aconteceu

Assim, a Indústria nacional cresceu pelo segundo ano consecutivo. A expansão anual de 3,1% do setor é a mais alta desde 2021 (3,9%), quando a atividade econômica se recuperava das perdas causadas pela pandemia do novo coronavírus. Em 2023, a indústria apresentou um leve crescimento de 0,1%.

Desse modo, o crescimento da indústria em 2024 pode ter entendimento a partir de alguns fatores, como o maior número de pessoas incorporadas pelo mercado de trabalho, a queda na taxa de desocupação, aumento na massa de salários e o incremento no consumo das famílias, beneficiado pelos estímulos fiscais, maior renda e a evolução na concessão do crédito. – André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal.

Nesse sentido,a produção recuou em todos os meses do quarto trimestre. Assim, apesar do dado anual positivo, o resultado isolado de dezembro confirma a trajetória de desaceleração da indústria nacional. O encolhimento de 0,3% no mês foi o terceiro consecutivo apurado pelo IBGE.

Perda acumulada no último trimestre de 2024 totaliza 1,2%

Nesse sentido, o movimento de recuos consecutivos apurado nos meses de outubro (-0,2%), novembro (-0,7%) e dezembro (-0,3%) teve observação pela última vez entre fevereiro e abril de 2021, quando a perda acumulada foi de 5,3%.

Assim, o setor segue acima do patamar pré-pandemia da covid-19. Mesmo diante da perda de ritmo recente, a produção industrial fechou 2024 em nível 1,3% acima do observado em fevereiro de 2020, último mês sem os efeitos do novo coronavírus na economia nacional.

Recorde da indústria fica ainda mais distante, afirma IBGE. Com a sequência de quedas, a produção nacional aparece 15,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em maio de 2011. Ao final do terceiro trimestre do ano passado, a distância era de 14,1%.

Juros elevados contribuem para menor fôlego da indústria. A sequência de avanços da taxa Selic afeta diretamente o setor, avalia Macedo. “A perda de dinamismo da indústria guarda uma relação com a redução nos níveis de confiança das famílias e dos empresários, explicada, em grande parte, pelo aperto na política monetária, com o aumento das taxas de juros a partir de setembro de 2024, a depreciação cambial, impactando os custos, e a alta da inflação, especialmente de alimentos.”

Setores

Informática e eletrônicos têm maior avanço nominal de 2024. A fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos cresceu 14,7% no ano passado. Na sequência, aparecem veículos automotores, reboques e carrocerias (12,5%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,2%).

Expansão foi disseminada entre as atividades. Foram contabilizados avanços em todas as quatro grandes categorias econômicas e em 20 dos 25 ramos industriais analisados pela PIM (Pesquisa Industrial Mensal). Assim, em 2021, 18 das 25 atividades registraram taxas positivas.

Desse modo, apenas quatro setores industriais encolheram no ano passado. O maior recuo da produção foi contabilizado pelo ramo de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-2,1%). Na sequência, aparecem a impressão e reprodução de gravações (-1,3%), produtos termoquímicos e farmacêuticos (-1,2% e produtos do fumo (-0,9%). A indústria extrativa manteve estabilidade.

Por fim, dezembro teve taxas negativas disseminadas entre as atividades. O recuo foi verificado em três das quatro grandes categorias e absorvido por 15 dos 25 ramos pesquisados. Assim, a principal influência negativa foi observada na produção de máquinas e equipamentos (-3%), que interrompeu dois meses consecutivos de resultados positivos, e de produtos de borracha e de material plástico (-2,5%).

Fontes: record, uol, ag.gov.br