No momento, você está visualizando Inadimplência sobe a 30,5% em setembro, maior patamar da série histórica, diz CNC
Em setembro, a inadimplência subiu para 30,5%, atingindo o maior patamar da série histórica, segundo a CNC. Treze por cento das famílias brasileiras disseram que não conseguirão pagar suas dívidas em atraso e permanecerão inadimplentes. Foto: Freepik

Inadimplência sobe a 30,5% em setembro, maior patamar da série histórica, diz CNC

Segundo a CNC, inadimplência das famílias brasileiras subiu para 30,5% em setembro, sendo o maior patamar da série desde 2010

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inadimplência das famílias brasileiras subiu para 30,5% em setembro, atingindo o maior patamar desde o início da série histórica em 2010, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Além disso, 13% das famílias brasileiras afirmaram que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso, ou seja, permanecerão inadimplentes. Segundo a CNC, a pesquisa “aponta um quadro de crescente fragilidade financeira”.

Contas a vencer e comprometimento da renda

A proporção de famílias com contas a vencer subiu para 79,2% em setembro de 2025. Por outro lado, o comprometimento da renda também permaneceu elevado: 18,8% dos consumidores tinham mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas em setembro.

Tempo de inadimplência

Quanto ao tempo de inadimplência, 48,7% das famílias com dívidas em atraso estão nesta situação há mais de 90 dias, o que reflete “o agravamento dos prazos de inadimplência e o efeito dos juros sobre o montante a ser pago”, apontou Fabio Bentes, economista-chefe da CNC.

Impacto sobre o comércio

“Esses fatores corroboram que, mesmo com o lado positivo do endividamento considerado um aquecedor das vendas no comércio, a crescente inadimplência evidencia que o movimento é de frenagem desta dinâmica”, avaliou Bentes, em nota oficial.

Endividamento por faixa de renda

Sobretudo, na análise por faixas de renda, houve expansão maior do endividamento entre as famílias de renda mais baixa, que recebem até três salários mínimos por mês: neste grupo, a proporção de endividados passou de 81,1% em agosto para 82% em setembro.

No grupo mais rico, que recebe mais de dez salários mínimos mensais, a fatia de endividados subiu de 68,7% em agosto para 69,5% em setembro.

Tipos de dívidas consideradas

Sobretudo, a pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades:

  • cartão de crédito

  • cheque especial

  • carnê de loja

  • crédito consignado

  • empréstimo pessoal

  • cheque pré-datado

  • prestações de carro e casa

Projeção para o fim de 2025

Por fim, a CNC projeta que o endividamento aumente em 3,3 pontos porcentuais até o fim deste ano em relação ao patamar que encerrou 2024, enquanto a inadimplência subiria 1,7 ponto porcentual.

Fonte: infomoney