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A Hyundai expõe o NEXO, veículo movido a hidrogênio, em evento realizado em Brasília (DF). Foto: Divulgação/Hyundai

Hyundai expõe NEXO, veículo movido a hidrogênio, em Brasília

A Hyundai vai expor o modelo Hyundai NEXO, veículo movido a hidrogênio, na 4ª edição do Congresso Brasileiro do Hidrogênio

A Hyundai vai expor o modelo Hyundai NEXO, veículo movido a hidrogênio que purifica o ar enquanto roda, nesta quarta (22), durante a 4ª edição do Congresso Brasileiro do Hidrogênio, que acontece até sexta-feira (24) de outubro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília (DF). O SUV de porte médio tem potência combinada de 163 cv, resultado da propulsão por célula de combustível e do motor elétrico. E autonomia superior a 660 quilômetros.

A indústria automotiva tem passado por uma transformação em busca de alternativas aos combustíveis fósseis para reduzir o impacto ambiental — e o hidrogênio é uma das apostas do setor. No caso da Hyundai, o NEXO utiliza tecnologia de célula de combustível para gerar energia. Emitindo apenas vapor de água e purificando o ar ao seu redor.

“Já são mais de 20 anos desde os primeiros protótipos e experimentos da Hyundai com célula de combustível, passando por veículos de passeio, ônibus e caminhões. Hoje, estamos posicionados globalmente para impulsionar o uso massivo do hidrogênio na sociedade”, afirma Ricardo Martins, vice-presidente administrativo da Hyundai Motor Brasil.

Centro de pesquisa

Em fevereiro, o SUV Hyundai NEXO começou a operar em testes com o Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), da Universidade de São Paulo (USP), onde está localizado o primeiro posto de abastecimento de hidrogênio renovável a partir de etanol do mundo.

Com o NEXO, o projeto poderá avaliar a adequabilidade do hidrogênio produzido a partir do etanol em aplicação em veículos de passeio com longa autonomia e operação em rotas variadas. Desse modo, ampliando o escopo dos testes para além do transporte público.

O RCGI foi criado em 2014 como Centro de Pesquisas em Engenharia da Fapesp com patrocínio inicial da Shell; posteriormente, outras empresas aderiram ao desenvolvimento de novos projetos. Algumas delas hoje são TotalEnergies, Petronas, Petrobrás, Braskem, Repsol Sinopec Brasil, Toyota, Hyundai, Marcopolo e EMTU.

A planta produz 100 quilos de hidrogênio por dia, volume que, na fase inicial do projeto, abasteceu três ônibus e dois veículos leves, entre outros. A equipe testou o hidrogênio gerado em coletivos do transporte público da USP e nos veículos Hyundai NEXO e Toyota Mirai, ambos movidos a hidrogênio.

A produção de hidrogênio ocorre por meio da reforma a vapor do etanol. Um processo químico no qual o etanol reage com água sob altas temperaturas. Desse modo, resultando na liberação de hidrogênio. Segundo a USP, esse método se destaca por sua eficiência e pela possibilidade de reduzir emissões de carbono. Uma vez que o CO2 liberado no processo é biogênico. Ou seja, pode ser compensado no ciclo do cultivo da cana-de-açúcar.

Hidrogênio é pop

Neste ano, o Congresso Brasileiro do Hidrogênio ocorre às vésperas da COP30, a principal conferência da ONU sobre mudanças climáticas, com o tema “Na atmosfera da COP30: Desenhos de Mercado, Demanda e Diversidade de Métodos de Produção”. Os debates vão destacar o papel estratégico do hidrogênio de baixa emissão de carbono no apoio aos esforços globais em direção à neutralidade climática até 2050. Conforme estabelecido no Acordo de Paris.

“O SUV a hidrogênio da Hyundai representa um salto tecnológico marcante em comparação com os atuais veículos com motor a combustão interna. Silencioso, confortável ao volante, fartamente tecnológico, com eficiência energética e autonomia superiores aos atuais, o Nexo não emite gases de efeito estufa. E, na realidade, também contribui para um ambiente mais limpo. Com a devolução do ar mais puro do que captado pelo veículo”, afirma Paulo Emílio de Miranda, presidente da Associação Brasileira do Hidrogênio.

Recentemente, a BMW anunciou um plano inédito no setor automotivo que vai conectar a planta em Leipzig, na Alemanha, com um gasoduto de hidrogênio. Assim, a fábrica não precisará mais de entregas por caminhões, em cilindros. Sobretudo, a iniciativa vai integrar um projeto de infraestrutura nacional que entrará em operação completa até 2032.

Fonte: olhar digital