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O CPC permitirá que sejam oferecidos serviços de excelência à população de MS

Hospital de MS inaugura hoje o Centro de Processamento Celular

O CPC do Hospital da UFMS terá aparelhos de tecnologia de ponta para a realização de pesquisas,  exames, análises e tratamentos de doenças complexas

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS/Ebserh), inaugura (20) o Centro de Processamento Celular (CPC), o bunker da Radioterapia e a Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A cerimônia acontece no estacionamento em frente à Capela do Humap – UFMS/Ebserh, transmitida na página do Hospital no Facebook.

A concretização das três obras, portanto, se devem a esforços conjuntos das gestões do Humap e da UFMS, bem como da Ebserh na contratação de profissionais altamente especializados.

“Estamos muito orgulhosos de acompanhar o crescimento do nosso Hospital Universitário. E, desse modo, mais por oferecer serviços de excelência e fundamentais para a sociedade sul-mato-grossense.”, afirmou o reitor Marcelo Turine.

Centro de Processamento Celular do Hospital de MS foi o último implantado no Brasil

O Centro de Processamento Celular (CPC) do Humap-UFMS/Ebserh foi o último implantado no Brasil. E, portanto, permite que a Rede BrasilCord passe a contar com 16 Bancos Públicos de Sangue de Cordão. O objetivo é diversificar o material genético disponível para transplantes de medula óssea e facilitar a localização de doadores compatíveis em todo o território nacional.

Desde 2011, vinham sendo feitas tratativas para implantação de um Banco de Sangue Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) em Campo Grande, que a princípio funcionaria junto à Rede Hemosul. Assim, após audiência pública, o Governo do Estado manifestou a impossibilidade de dar continuidade ao projeto. Ofereceu-se à UFMS a possibilidade de trazer o BSCUP para a instituição, que já desenvolvia pesquisa em terapias celulares.

Células-tronco

Em abril de 2018, firmou-se o convênio entre a Fundação Ary Frauzino e o Humap, para a execução do projeto da Rede BrasilCord. Conforme financiamento do BNDES, o projeto foi modernizado. Permitiu-se, dessa maneira, a implantação do Centro de Processamento Celular, no qual investiu-se aproximadamente R$ 8 milhões.

O CPC está pronto, portanto, para realizar o processamento e a criopreservação de células tanto hematopoiéticas quanto mesenquimais, um dos seus maiores diferenciais. As fontes de células-tronco mesenquimais são diversas. A experiência dos profissionais e pesquisadores do Humap e do CPC consiste, portanto, no processamento imediato de células do tecido adiposo, da polpa dentária, do cordão umbilical e da medula óssea.

Importância do CPC

As células-tronco hematopoiéticas são indicadas para pacientes com leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, mieloma múltiplo. E, ainda, de outras doenças do sistema sanguíneo e imune.

Já as células-tronco mesenquimais são indicadas para pacientes com doenças que não possuem um tratamento padrão ouro na medicina tradicional. Neste sentido, a gestão do Humap-UFMS/Ebserh estuda a viabilidade de oferecer o transplante de medula óssea, otimizando o atendimento aos pacientes do estado e região.

As pesquisas clínicas indicam o uso das mesenquimais para terapias para diversas doenças, incluindo tratamentos estéticos e reparadores. Segundo a equipe de pesquisadores, alguns destes tratamentos já foram desenvolvidos no âmbito do Hospital. Entre eles, Doença de Crohn (doença autoimune), doenças inflamatórias intestinais – fístulas perianais, artrite, reconstrução de cartilagem, osteoartrite e tendão de Aquiles roto.

Também desenvolveu-se pesquisas em modelos pré-clínicos para doenças renais, lesões na medula espinal, lesões ósseas e tendinites. Trazem, dessa maneira, uma ótima perspectiva para o desenvolvimento dos tratamentos em humanos.

Ft: ufms