Agências de inteligência dos EUA têm interesse no sistema infravermelho
O grande problema para a Rússia é que os segredos de caças russos foram conduzidos para a análise dos EUA, bem como, do Reino Unido. Afinal, os Estados Unidos e o Reino Unido conseguiram recuperar partes do caça russo Sukhoi Su-35. Este caça foi abatido pelo exército da Ucrânia. Entre os itens recuperados estão recursos eletrônicos importantes. Incluindo a mira de longo alcance da aeronave, uma das mais avançadas da Rússia.
As agências de inteligência dos Estados Unidos têm interesse no sistema infravermelho e de busca e rastreio de alvos, o IRST OLS-35. Para conseguir, dessa forma, comprovar as reais capacidades do dispositivo e detectar possíveis deficiências.
Outro recurso que pode estar nas mãos das nações ocidentais são o radar de missão e os sistemas de guerra eletrônica do Su-35. No entanto, com a queda do caça, a maior parte dos componentes foi danificada. Mas os destroços ainda podem fornecer informações para a inteligência norte-americana.
Aliás, outro caça abatido nas proximidades de Kiev, o Su-34, nos primeiros dias do conflito, também forneceu mais pistas sobre as capacidades da frota russa.
O Sukhoi Su-35 Flanker é uma das aeronaves mais avançadas de combate da Rússia. Capaz de atuar em guerra eletrônica. O Su-35 pode realizar ataques ar-ar e ar-terra, dependendo do tipo de armamento.
Além disso, a capacidade de manobra do caça impressiona. Apesar de sua pouca utilização neste tipo de missão na Ucrânia.
Qualquer oportunidade para examinar o radar ou pods é valiosa
Foi no início de abril, que a Ucrânia conseguiu abater uma dessas aeronaves nas proximidades de Izium. Mas precisamente, no leste da Ucrânia. Uma cidade localizada perto de Kharkiv. O caça ficou parcialmente destruído. Dessa forma, o piloto ejetou e sobreviveu. Ele foi capturado, desse modo, por forças ucranianas. Agora, esses segredos dos caças russos estão em poder dos EUA e do Reino Unido.
Dois especialistas da Força Aérea dos EUA passaram dez dias examinando os sistemas. Assim, todo esse arsenal está nas mãos dos norte-americanos em Nevada, EUA, para mais exames forenses.
Uma análise dos destroços apontam que o avião estava em uma condição de missão SEAD (Supressão de Defesas Aéreas Inimigas). Que é voltada para guerra eletrônica e destruição localizada de alvos.
“Qualquer oportunidade potencial para examinar os componentes de radar ou pods de guerra eletrônica no SU-35 abatido seria valiosa. Pois, mesmo danificados, esses componentes podem confirmar as avaliações de inteligência do ocidente sobre como eles funcionam”, afirmou Justin Bronk. Ele é especialista em poder aéreo e tecnologia do think tank RUSI.
O Su-35S é a variante mais moderna da chamada “Família Flanker”. Aliás, o equipamento teve início com o Sukhoi Su-27, ainda na década de 1970. É um caça de 4.5 Geração. Ele tem um par de motores turbofan Saturn AL-41F1S. O caça possui bocais móveis (empuxo vetorado), tornando-o super manobrável.
O caça também tem 12 pontos duros para carregar diversos armamentos. Como mísseis ar-ar, ar-solo e antirradar, bombas guiadas, foguetes e outros. Além de portar um canhão GSh-30-1 de 30mm, com 150 munições.
Seus dois principais sensores são o radar de varredura eletrônica passiva (PESA) IRBIS-E e o IRST (Infrared Search and Track) OLS-35. Este último, é alvo de análise dos militares norte-americanos.