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O Grupo de dança Cia Dançurbana celebra 20 anos com espetáculo festa ‘Cavucada’ na capital de MS, nesta (5, 6 e 7), às 20 horas no Ponto Bar.

Grupo de dança celebra 20 anos com espetáculo na Capital MS

O espetáculo rememora coreografias do nosso repertório, fragmentos de obras criadas nesses 20 anos

O Grupo de dança Cia Dançurbana celebra 20 anos com espetáculo festa ‘Cavucada’ na capital de MS, nesta sexta-feira (5), sábado (6) e domingo (7), às 20 horas, no Ponto Bar, na Rua Dr. Temistócles.

Dessa forma, o grupo de dança, Cia Dançurbana, estreia o espetáculo-festa ´Cavucada – a festa não será amanhã´, no qual os artistas e o público se encontrarão na pista de dança para dançar, brindar e celebrar essa história. O espetáculo faz parte do projeto Jam, criação Dançurbana em Companhia, e também em comemoração aos 20 anos de história.

“O título do espetáculo do Grupo dança que celebra 20 anos em MS faz referência a um passo de dança do ´brega funk´ chamado ´Cavucada´.

Por isso, o espetáculo rememora coreografias do nosso repertório, fragmentos de obras criadas nesses 20 anos, além de danças festivas de diversas referências presentes em filmes, videoclipes, tik tok, entre outras fontes. Tudo isso como um estímulo para o público se mover junto conosco e participar dessa celebração tão especial”, conta Marcos Mattos, diretor da Cia Dançurbana.

Em cena, apresentam-se Ariane Nogueira, Daniel Andrade, Jackeline Mourão, Livia Lopes, Marcos Mattos, Maura Menezes, Ralfer Campagna, Reginaldo Borges, Renata Leoni, Roberta Siqueira, Rose Mendonça e Wagner Gomes.

Sendo assim, são doze intérpretes-criadores com diferentes experiências artísticas que vão do Hip Hop à dança contemporânea, do vogue às danças sensuais de empoderamento feminino. Após a estreia na capital, o espetáculo será encenado em Dourados e Corumbá.

Espetáculo tem direção de renomados artistas nacionais

A direção da peça é da dupla de artistas Jorge Alencar e Neto Machado, que vieram de Salvador-BA para Campo Grande-MS, exclusivamente para trabalhar com a companhia.
“Temos uma enorme admiração por tudo que a Dançurbana vem dinamizando no Mato Grosso do Sul e no Brasil. Mas, o desejo de nosso espetáculo é exaltar as singularidades de cada artista-agente dessa história, aproximando o público dessa celebração que não é só da companhia, mas das artes e da cultura do Estado do MS que resiste e reexiste ao longo do tempo”, destacam os artistas.

Dançurbana nasceu para jovens de projetos sociais

A Cia Dançurbana nasceu em 2002 como ponto de encontro para jovens participantes de projetos sociais. Então, a intérprete-criadora Rose Mendonça, por exemplo, conta que começou a atuar na dança em 2004 por meio de um projeto social ´Arte sim, violência não!´ que acontecia nos bairros periféricos da cidade.

“No ano seguinte, em 2005, fui convidada pelo Marcos para fazer parte da Dançurbana, na qual sigo até hoje movendo/dançando”, completa.

O diretor Marcos revela que quando a companhia nasceu seu maior desejo era viver de dança:

“E, durante estes anos, a companhia foi ganhando forma, vários modos de funcionamento, sempre buscando a conquista do espaço profissional, do artista da dança. Por isso, teve uma evolução em todos os sentidos e, hoje, eu sinto que a Dançurbana é um grande ateliê de formadores de artistas, para cidade, para o estado, para cena da dança. Então, tem todo esse processo que diz muito sobre a história da companhia, da história de onde ela começou de um projeto social”.

Para a intérprete-criadora Maura Menezes, que está no elenco há 15 anos, é um privilégio trabalhar com dança:

“Quando entrei, em 2008, éramos um grupo de dança de pessoas bem novas, dançávamos coreografias curtas e eu não imaginava que poderia ganhar dinheiro trabalhando com dança. Aos poucos as coisas foram mudando, tivemos que fazer escolhas, estudar, ralar bastante, criamos nosso primeiro espetáculo e a partir daí outras portas foram se abrindo. Mas, entendemos que é possível sim, não é fácil, mas é possível! Viajamos o Brasil todo praticamente, sendo uma cia de dança profissional, foi um divisor de águas para mim. Hoje, além de intérprete-criadora, trabalho como professora de dança e com produção cultural, a dança nunca mais sairá da minha vida”.

Contudo, no início o grupo se configurava em um espaço de preparação profissional com foco nas vivências das danças urbanas. De lá pra cá, com mais autonomia, foram trilhados processos e estudos nas danças contemporâneas, a fim de expandir as práticas, discursos e leituras de mundo.

Com uma trajetória marcada por diversos espetáculos, projetos, prêmios e circulações regionais e nacionais, a Cia Dançurbana Grupo dança que celebra em MS se consolidou como uma das principais companhias de dança de estado.

Entre os principais destaques em circulação por 54 cidades do Brasil pelos projetos

´Sesc Amazônia das Artes´ (2012) e ´Palco Giratório´ (2014) e, pela chancela de ´O Boticário na Dança´, Furnas Eletrobrás e Digix em 2016 e 2017, em dois de seus projetos, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Em seu repertório traz quatro espetáculos autorais ´Plagium?´ (2009), ´De Passagem´ (2015), ´Fluzz´ (2016) e ´Poracê – O outro de nós´(2017). Há também o projeto ´Era Uma Vez – Dança para crianças´ de 2019, com os espetáculos infantis ´K-ZUU´ e ´R.U.I.A – Realidade Ultrassônica de Invasão Aleatória´ (2019) e um projeto de solos, o ´Singulares´, que reúne solos criados pelos intérpretes-criadores.

“Se pudesse resumir esses 20 anos em duas palavras seria ´trabalho´ e ´orgulho´. A gente sempre trabalhou e trabalha muito, estamos sempre discutindo nosso lugar, quais são os lugares dentro da cia, por isso que digo que a companhia é um ateliê de artistas potentes, uma geração linda, produtiva, crítica! E esse é o meu grande orgulho porque a companhia se faz por quem está dentro dela, ela é feita por gente, que pensa diferente, que pensa igual, que tem um propósito. Então, acredito que a Cia Dançurbana foi conquistando passo a passo o seu lugar e eu tenho o maior orgulho disso”, finaliza o diretor.

 

Fonte; gov.ms