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O governo espanhol pediu ajuda financeira à Comissão Europeia que ative a "reserva de crise" da Política Agrícola Comum (PAC).

Governo espanhol pede à Bruxelas ajuda financeira para agricultores

Governo espanhol anunciou no mesmo dia uma série de benefícios fiscais aos agricultores do país

O governo espanhol pediu ajuda financeira à Comissão Europeia que ative a “reserva de crise” da Política Agrícola Comum (PAC) para ajudar agricultores afetados pela seca histórica que ameaça suas colheitas.

“Entendemos que existe uma circunstância excepcional” que exige “uma pronta reação da Comissão Europeia”, justificou o ministro da Agricultura espanhol, Luis Planas, na coletiva de imprensa após o conselho de ministros.

Dessa forma, planas formalizou o pedido em uma carta ao comissário europeu para a Agricultura, Janusz Wojciechowski. No entanto, não especificou o montante que espera desbloquear para auxiliar os agricultores espanhóis.

A “reserva de crise” da UE, destinada a responder a incidentes nos mercados agrícolas, é avaliada em 450 milhões de euros (2,5 bilhões de reais).

Por isso, paralelamente ao pedido, o governo espanhol anunciou no mesmo dia uma série de benefícios fiscais aos agricultores do país. Entre eles, a redução de 25% no imposto sobre a renda, o que deve beneficiar a 800 mil profissionais.

Governo espanhol e a ajuda financeira

Afetados há vários meses por uma seca prolongada, estes trabalhadores rurais viram a situação se agravar esta semana pela chegada de uma onda de calor subitamente precoce.

De acordo com a Agência Meteorológica do Estado, as temperaturas podem se aproximar dos 40ºC no sul do país já na próxima quinta ou sexta-feira.

O Ministério de Transição Ecológica diz que os reservatórios do país – que armazenam a água da chuva para uso nos meses mais secos – estão com apenas 50% de sua capacidade, chegando a um quarto em algumas áreas, como a Catalunha (nordeste).

Nesta região, que enfrenta a pior seca em décadas. As autoridades fecharam pela primeira vez as válvulas do canal Urgell, que irriga 70.000 hectares de plantações. Tudo para economizar a pouca água que resta para o verão.

A falta deste recurso hídrico primordial fez com que muitos agricultores desistissem do plantio na primavera, sobretudo de cereais e oleaginosas.

De acordo com a Coag, o principal sindicato agrário, 60% das terras cultiváveis na Espanha estão atualmente “asfixiadas” pela falta de chuvas, o que causou “perdas irreversíveis em mais de 3,5 milhões de hectares de cereais de sequeiro”.

“A seca está gerando verdadeiros dramas para milhares e milhares de irrigantes em toda a Espanha”, disse Juan Valero de Palma, da Federação Nacional das Comunidades de Irrigação da Espanha (Fenacore), em coletiva de imprensa em Madri nesta terça-feira.

Segundo a ONU, cerca de 75% do território espanhol está atualmente em processo de desertificação devido às mudanças climáticas. Esta situação coloca em risco o setor agrícola, um dos grandes pilares da economia espanhola, que utiliza 80% da água do país.

Fonte: folhape