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A assinatura ocorreu na quinta-feira (7), durante o encontro Vacina e Prevenção do Câncer: Vários Olhares, Muitos Desafios, na sede do INCA, no centro do Rio de Janeiro

Governo e sociedade se unem contra o câncer de colo de útero

A estratégia global da OMS para acelerar a eliminação do câncer de colo do útero foi lançada em 2020

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e 17 organizações não governamentais e sociedade científica brasileira assinaram uma carta de compromisso para reforçar as ações contra o câncer de colo do útero e ampliar as coberturas vacinais contra o papilomavírus (HPV).

Entre os compromissos assumidos no documento estão o apoio ao Ministério da Saúde, ao Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), na implementação de ações que reforcem o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Estratégia Nacional de Eliminação do Câncer de Colo do Útero. A divulgação de informações sobre a eficácia e segurança da vacina contra o HPV. Utilizando diversos canais e formatos; o desenvolvimento de estratégias contínuas para combater notícias falsas sobre vacinação e dúvidas específicas. Assim, reduzindo a hesitação vacinal e o oferecimento de formação continuada e educação permanente aos gestores e profissionais do SUS sobre a importância do aumento da cobertura vacinal.

Além disso, assinando a carta, todos se comprometem com a promoção de estratégias territoriais para garantir serviços ágeis. E distintos aos adolescentes e populações vulneráveis em relação ao HPV. O fortalecimento do rastreamento e da qualificação do atendimento ao câncer de colo do útero. Assim, garantindo diagnóstico e tratamento de lesões pré-cancerosas. E a implementação de ações específicas para a prevenção e controle do câncer de colo do útero em populações e comunidades tradicionais, migrantes, refugiados e outros grupos altamente vulneráveis.

 Vacina e Prevenção do Câncer: Vários Olhares, Muitos Desafios

A assinatura ocorreu na quinta-feira (7), durante o encontro Vacina e Prevenção do Câncer: Vários Olhares, Muitos Desafios, na sede do INCA, no centro do Rio de Janeiro. Que aliás, discutiu os desafios e as propostas para expandir o acesso às ações de prevenção, rastreamento organizado, diagnóstico e tratamento do câncer de colo do útero. Além disso, é tipo mais frequente associado ao HPV.

Assim, o diretor-geral do Inca, Roberto Gil, disse que todos os participantes do seminário estão comprometidos com a eliminação do câncer do colo do útero. E que a carta simboliza, exatamente, a intenção e os gestos que serão nessa direção. “Compromisso assumido por todos aqueles que entendem que uma doença prevenível não pode continuar matando tantas pessoas no Brasil”.

Portanto, os especialistas consideram que a vacinação contra o vírus HPV é uma das estratégias mais eficazes e com melhor custo-benefício para evitar a doença. O entendimento é que além de prevenir o câncer de colo do útero, o imunizante reduz as chances de a pessoa desenvolver os cânceres de pênis, de vulva, de vagina, de orofaringe e do canal anal e ânus.

Vacinação

A vacina, considerada segura e de alta qualidade, disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Aliás, com a administração de duas doses. Inclusive usando a estratégia de vacinação em escolas.

Assim, mulheres e homens de 15 a 45 anos que apresentam algumas condições de saúde também podem se vacinar. “Pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, pacientes oncológicos. Imunossuprimidos por doenças e/ou em tratamento com drogas imunossupressoras e vítimas de violência sexual”. Informou a OPAS em seu site.

No encontro de quinta-feira (7), o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde (DPNI/MS). Eder Gatti, disse que a pasta montou uma estratégia de microplanejamento para a vacinação e enviou equipes para todas as regiões do país para definir os modelos mais adequados a cada localidade, o que se mostrou eficiente.

“ O Brasil tem uma extensão territorial gigantesca. Dificuldades particulares em cada região. Assim cada estado, cada município é uma realidade. E a gente tem que trabalhar com todos esses atores para atingir um objetivo que são as nossas coberturas vacinais. A gente só vai conseguir fazer isso através de união e trabalhando na relação com todos os entes federados do nosso país”, comentou.

A programação do evento terminou, à noite, com uma cerimônia de iluminação do Cristo Redentor. Um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro. Assim, iluminado na cor roxa para alertar a população sobre os tipos de câncer causados pelo papilomavírus e estimular a vacinação contra HPV. A cerimônia promovida pela organização não-governamental Instituto Lado a Lado pela Vida.

Estratégia

De acordo com a OPAS, a estratégia global da OMS para acelerar a eliminação do câncer de colo do útero lançada em 2020. Com base na vacinação, no rastreamento e no tratamento, que são os três pilares essenciais.

Aliás na época, 194 países, entre eles o Brasil, se comprometeram a cumprir até 2030 metas como alcançar 90% das meninas totalmente vacinadas contra o HPV até os 15 anos de idade. Desse modo, realizar o rastreamento de 70% das mulheres com teste de alta performance aos 35 e novamente aos 45 anos. Além de tratar 90% das mulheres com lesões pré-cancerosas de câncer de colo de útero e atingir o tratamento e acompanhamento de 90% das mulheres com câncer invasivo.

No Brasil, o Ministério da Saúde lançou em março deste ano a Estratégia Nacional de Eliminação do Câncer do Colo de Útero para ampliar o programa Útero é Vida. Que aliás, é uma parceria da Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco com a OPAS.

Fonte: agenciabrasil