As plantações de cana-de-açúcar do Paraná foram novamente atingidas por geadas neste fim de semana, repetindo o episódio da primeira quinzena de junho. Ao contrário do observado há mais de um mês, porém, as perdas de agora foram praticamente nulas, de acordo com o presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado (Alcopar), Miguel Rubens Tranin. “Foi muito leve, a intensidade foi muito menor”, afirmou ao Broadcast Agro.
Assim como em junho, as geadas se concentraram em canaviais ao sul do município de Maringá, principalmente em regiões de vales. De acordo com Tranin, as usinas e destilarias paranaenses já processaram entre 33% e 35% da safra 2016/17, iniciada em abril e estimada em cerca de 43 milhões de toneladas.
O presidente da Alcopar também deu detalhes sobre o levantamento final de perdas nos canaviais do Estado por causa das geadas da primeira quinzena de junho. Conforme ele, o fenômeno “queimou” 5% das plantações, inferior aos 10% considerados inicialmente. Dessa forma, aproximadamente 2 milhões de toneladas de cana foram afetadas e devem registrar índice de produtividade abaixo do ideal.
Já o Mato Grosso do Sul, quarto maior produtor de cana-de-açúcar do País, registrou geadas desde (18/6), mas a ocorrência foi fraca e não causou danos aos canaviais, segundo informou à reportagem a Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul). A geada se concentrou no sul do município de Dourados e atingiu principalmente áreas de baixada.
Em junho, as geadas ocorreram entre os dias 11 e 14, mas também foram fracas e não alteraram a previsão de moagem da Biosul para a safra 2016/17, de 52,1 milhões de toneladas. Conforme a entidade, o impacto sobre a cana foi praticamente nulo porque as plantas foram cortadas logo na sequência do fenômeno, evitando, assim, a “queima” das folhas e, consequentemente, a perda de produtividade.
Fonte: Novacana