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A estreia do espetáculo acontece sábado (11) e domingo (12), no Espaço Fulano di Tal, em Campo Grande

Fulano di Tal estreia espetáculo ‘Seco’ na Capital neste fim de semana

O valor do ingresso será definido pelo público, que poderá pagar quanto quiser pelo espetáculo

Medo, existência, política, futuro, amor. Que tipos de pensamentos e sentimentos a pandemia e o isolamento social despertaram em nós? Em cena, no espetáculo ‘Seco’, os atores do grupo de teatro Fulano di Tal refletem sobre a vida, trazem à tona pensamentos, sentimentos, angústias, alegrias, dores, descobertas, questionamentos, amor; recortes do que vivemos nos últimos dois anos.

A estreia do espetáculo acontece sábado (11) e domingo (12) e, na semana que vem, dias 16, 17, 18 e 19 de junho, às 20 horas, no Espaço Fulano di Tal, na rua Rui Barbosa, 3.099, em Campo Grande. No entanto, o valor do ingresso será definido pelo público, que poderá pagar quanto quiser pela peça.

Aliás, a dramaturgia da peça surgiu a partir de um diálogo em um grupo de Whatsapp. Os atores Edner Gustavo e Bruna Neto, foram provocados pelo diretor Marcelo Leite a conversarem sobre seus afetos durante o isolamento social. Desse modo, a partir desses fragmentos da realidade vivida por cada um surgiu uma dramaturgia de urgências.

” A princípio,’Seco’ nasceu como um processo cênico, uma necessidade de investigarmos modos de se fazer e pensar o teatro, buscando romper com as organizações e trabalhos que realizamos em nossos 19 anos de trajetória. A experiência é a exposição de um processo cênico colaborativo que nós artistas criadores do Grupo Fulano di Tal vivemos”, destaca Marcelo Leite, diretor do grupo.

É silencioso dizer coisas que não podem ser ditas. Mas eu falo. Eu grito.

A obsessão por um vizinho. Telefonemas estranhos com mensagens de amor. Desejo pela liberdade. Um amor que queima. O medo de mudar. Seco. Em cena, dois seres discutindo afetos, dores, alegrias, passam pelo amor, o ódio e pela guerra. Assim, os atores entram em cena como intérpretes de si mesmo, do outro, de nós, com uma performance urgente e sensível sobre o momento que vivemos, sobre a vida.

Sendo assim, o espetáculo ‘Seco’ questiona o agora. Reflete com o corpo e a palavra a realidade que já está posta e a possibilidade da mudança, de se alcançar outros lugares. Quando a palavra não é suficiente o corpo grita o que não pode ser dito. Dessa forma, a performance dos atores busca esse grito para além da palavra.

“A peça vem com essa nossa vontade de falar sobre esse momento que todos nós passamos e que ainda estamos passando, a pandemia, o isolamento social. O medo de pegar o vírus, o medo de morrer, as angústias, as descobertas, o valor que damos a nossa vida. Entramos em cena como intérpretes de nós mesmos. Portanto, não entramos para fazer personagens, retratamos o que passamos, são textos que nos representam e que comunicam com muita gente. Além disso, ao falar dos nossos sentimentos, estamos falando por muitas pessoas, que também passaram pelas mesmas questões.  De fato, o espetáculo é uma experiência visual, sonora, tem várias músicas que também nos representaram durante a pandemia, que ficaram em alta e que falam criticamente sobre esse momento”, finaliza o ator Edner Gustavo.

O espetáculo tem como artistas criadores: Bruna Neto (colaboração, dramaturgia e encenação), Douglas Caetano (ator-criador e encenação), Edner Gustavo (ator-criador, encenação, dramaturgia e produção) e Marcelo Leite (encenação, direção e produção).

Fonte: enfoquems