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As Forças Armadas mobilizam 10 mil militares na Amazônia para realizar uma simulação de guerra e testar a capacidade defensiva da região, além da interoperabilidade entre Exército, Marinha e Aeronáutica. Foto: Divulgação/Secretaria Social do Exército

Forças Armadas mobilizam 10 mil militares em simulação de guerra na Amazônia

Nesta quarta-feira (1), as Forças Armadas iniciam um grande treinamento de guerra na Amazônia, que seguirá até 11 de outubro

As Forças Armadas iniciam nesta quarta-feira (1) um dos maiores treinamentos de guerra da última década na Amazônia. Cerca de 10 mil militares participarão da simulação, que ocupará áreas estratégicas do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima até 11 de outubro.

O exercício tem como objetivo testar a capacidade defensiva da Amazônia e a interoperabilidade entre Exército, Marinha e Aeronáutica. Todavia, a região, considerada sensível pelo alto interesse internacional e pela atuação de organizações criminosas ligadas ao tráfico, será palco de manobras terrestres, aéreas, navais e até cibernéticas.

A operação ocorre em um momento de instabilidade geopolítica. Entre 2023 e 2024, o Brasil reforçou sua presença em Roraima após a Venezuela ameaçar a Guiana na disputa pelo território de Essequibo, rico em recursos naturais. Atualmente, o ambiente regional continua marcado por atritos, com a escalada das tensões entre Caracas e Washington.

Números

No terreno, o Exército empregará mais de 40 blindados, entre eles os VTE Leopard, além de 434 viaturas, nove helicópteros e 3.600 militares. Contudo, parte dos veículos foi transportada do Rio Grande do Sul até Roraima, uma distância equivalente a cruzar a Europa, de Lisboa a Moscou.

A Força Aérea participará com aeronaves de ataque AMX A-1M e A-29 Super Tucano, enquanto a Marinha deslocou seu maior ativo, o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico.

O navio, de 208 metros de comprimento e 20 mil toneladas, partiu do Rio de Janeiro levando 1.044 militares, 700 toneladas de equipamentos e 80 viaturas. Além de helicópteros, blindados e mísseis.

Guerra e soberania

O Brasil aposta nesse tipo de operação para manter a vantagem estratégica em um ambiente de clima extremo, terreno hostil e isolamento logístico. “O objetivo é reproduzir um cenário de guerra da forma mais realista possível”, destaca o Ministério da Defesa.

Além de reforçar a soberania, a Operação Atlas acontece às vésperas da COP30, em novembro, em Belém (PA), que reunirá delegações de mais de 60 países.

Em conclusão, para os militares, a proximidade do evento amplia a visibilidade internacional do exercício e reforça a mensagem de que o Brasil está preparado para proteger sua Amazônia.

Fonte: infomoney