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O presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) afirma que o fim de ano deve elevar o consumo de carne suína entre 10% e 15% no Brasil. Foto: Reprodução

Fim de ano deve elevar consumo de carne suína em até 15% no Brasil, aponta Acrismat

Consumo de carne suína deve crescer no Brasil com aumento da demanda nas festas de fim de ano

O período de festas impulsiona naturalmente o consumo de carne suína no Brasil. A expectativa, segundo o presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Frederico Tannure Filho, é de um aumento entre 10% e 15% na demanda no fim de ano.

A tradição gastronômica das festas favorece o produtor, que encontra um momento de maior procura por parte de frigoríficos e consumidores. Tannure explica que esse movimento costuma melhorar os preços recebidos pelos suinocultores e permite reduzir eventuais estoques nas granjas. “É um momento bom para a suinocultura, um período de festejar e aproveitar”, destaca.

Proprietário de um açougue na capital, Elves Boss Mattozo já tem pago a mais pela carne suína disponibilizada em seu estabelecimento. “Em relação aos meses anteriores, já pagamos de 5% a 8% a mais. Dependendo do fornecedor, e isso reflete no preço repassado ao consumidor, mas mesmo assim, a carne suína ainda é mais barata do que a bovina”, afirma.

Apesar da sazonalidade positiva no fim de ano, outros fatores influenciam essa variação anual. “Temos várias questões envolvidas como a exportação, a renda per capita do brasileiro que oscila e impacta no mercado. Mas ainda assim não restam dúvidas que o consumo no final do ano é aumentado”, destaca.

Devido a esses outros fatores, Mattozo não acredita que vá vender mais do que em dezembro de 2024, independentemente da proteína. “Analisamos as vendas mês a mês e ano a ano. Teve uma queda no poder de compra do brasileiro e aumento no preço da carne, por isso, não acredito que vamos superar as vendas do ano passado”, avalia.

Oportunidades de crescimento

O consumo interno, que hoje gira em torno de 20 kg por habitante ao ano, segundo dados apresentados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ainda tem grande potencial de crescimento.

O chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe, acredita que o avanço de campanhas de saudabilidade, o aumento da oferta de cortes diversificados e a melhora da comunicação com o consumidor podem elevar ainda mais a presença da carne suína na mesa dos brasileiros.

“A carne suína é extraordinária. Se ela é bem preparada, é absolutamente agradável de ser consumida, super saudável. Na lógica de produção, utiliza o mínimo de antibióticos para buscar o bem-estar animal. De forma que consigamos uma qualidade de carne muito elevada”, explica Krabbe.

Indicadores

Segundo o último boletim apresentado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço médio do suíno vivo pago ao produtor em novembro de 2025 ficou em R$ 8,00 o kilo. Uma diminuição de 0,50% em relação a outubro e de 12,76% no comparativo anual.

No mesmo período, o preço do quilo da carcaça comum alcançou R$ 12,39. Representando uma queda de 1,27% ante outubro e 14,75% abaixo do registrado no mesmo mês de 2024. De acordo com o documento, além do início das festividades de fim de ano, também espera-se um aquecimento do mercado pelo pagamento do décimo terceiro salário.

Fonte: Acrismat