Estimativa é que a população global de estudantes seja de mais de 1 bilhão de pessoas
Os acessos à conexão e a ferramentas digitais também são relembrados, especialmente após a pandemia de Covid-19 que dificultou a escolarização em todo o mundo. Isso para celebrar o Dia Internacional da Alfabetização, comemorado em 8 de setembro,
Segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, o fechamento de escolas por conta da pandemia de Covid-19 afetou cerca de 60% dos estudantes. A estimativa é que a população global de estudantes seja de mais de 1 bilhão de pessoas.
Além de crianças em idade escolar, muitos jovens e adultos também não tiveram acesso à educação a distância, alternativa que foi adotada em diversos lugares para garantir a continuação do ano letivo.
Debatem-se, portanto, falta de conectividade, infraestrutura e habilidades no uso de tecnologias na série de painéis virtuais que a Unesco fará em celebração a data. De acordo com a agência, a pandemia também ampliou as desigualdades já existentes no acesso a oportunidades de alfabetização. Afetou-se, nesse sentido, mais de 770 milhões de jovens e adultos com habilidades de leitura e escrita baixas.
A Unesco destaca que ações devem ser tomadas para evitar que esses alunos tenham dificuldades no acesso a saúde, ao trabalho e à qualidade de vida no futuro. A agência reforça que a alfabetização capacita os indivíduos, melhora as suas vidas e é um motor para o desenvolvimento sustentável. Além disso, o acesso à educação básica faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e é peça fundamental do plano de recuperação da pandemia.
Desde 1967, a Unesco premia nesta data projetos de excelência e inovação no domínio da alfabetização. Já reconheceu-se, portanto, mais de 500 iniciativas implementadas por governos, organizações não-governamentais e indivíduos de todo o mundo.
Com a premiação, a Unesco procura apoiar práticas de alfabetização eficazes e incentiva a promoção de sociedades alfabetizadas dinâmicas. Nesse ano, seis projetos escolhidos. Programas de educação da Guatemala, Índia, África do Sul, Egito, México e Cote d’Ivoire também conhecida como Costa do Marfim, receberam incentivos. E seus representantes, portanto, participarão do evento promovido pela agência.
Níveis
Irina Bokova (Unesco) falava na reunião de mais de 200 representantes de todo o planeta que discutiram como a tecnologia pode ajudar a aumentar os níveis de alfabetização. E, portanto, promover as habilidades para o século 21.
A Unesco estima, nesse sentido, que 750 milhões de pessoas são analfabetas no mundo, e que 63% delas são mulheres sem habilidades básicas de leitura e escrita.
O número inclui 102 milhões de jovens de idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, dos quais 57% são do sexo feminino.
Bokova assinalou, dessa maneira, que as tecnologias digitais atravessam todas as esferas da vida atual. Molda-se, portanto, a forma como “como vivemos, trabalhamos, aprendemos e socializamos.”
Ferramentas digitais
Para a chefe da Unesco, é importante repensar e melhorar as habilidades para participar do mundo com ferramentas digitais onde essas novas tecnologias abrem inúmeras oportunidades para melhorar vidas e acesso à conexão global.
O desafio é que várias pessoas sem habilidades essenciais e que precisam navegar nelas ficam marginalizadas.
A Unesco proclamou a celebração em outubro de 1966 para lembrar os países sobre a importância da alfabetização para pessoas, comunidades e sociedades além de intensificar os esforços para alcançar essa meta.
Ft: newsorg