TSE torna deputado que espalhou fake news inelegível
Além de cassar o mandato do Delegado Francischini, o TSE tornou o deputado estadual do Paraná inelegível por 8 anos, a partir de 2018. A decisão foi quase unânime, com votos de seis dos oito ministros favoráveis ao entendimento do relator da ação na Corte, Luis Felipe Salomão.
Assim, em seu voto, o ministro Salomão destacou que a live feita pelo deputado paranaense, que depois ficou armazenada como um vídeo, recebeu mais de 6 milhões de visualizações e “levou a erro milhões de eleitores”.
O ministro continuou: “É notório que o recorrido se valeu das falas denúncias de fraude para se autopromover como uma espécie de paladino da justiça, de modo a representar os eleitores inadvertidamente ludibriados que encontraram no candidato uma voz para ecoar suas incertezas sobre fatos que jamais aconteceram.”
Fernando Francischini fez mais do que uma live no Facebook
Fernando Francischini fez mais do que uma live no Facebook. Alegou fraudes em duas urnas eletrônicas e no sistema de votação durante as eleições de 2018. A transmissão ao vivo citada pelo ministro do TSE foi, portanto, apagada pelo deputado estadual; ele se desculpou pelos comentários. Dentre as acusações sem base feitas pelo político, está a de que a urna “não mostrava candidatos na hora de votar, ela apenas carregava e confirmava o voto”.
Em instância inferior, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) absolveu Francischini por entender que não há prova de que a live influenciou as eleições. Mas o Ministério Público (MP-PR) recorreu da decisão ao TSE.
O que diz o Delegado Francischini
Após ter o mandato cassado, o Delegado Franscischini publicou um vídeo em seu Facebook no qual afirma que vai procurar “recorrer e reverter esta decisão no STF”. Conforme o parlamentar estadual, a medida visa “proteger o voto de milhões de paranaenses”.
No entanto, na descrição do vídeo, Francischini ainda defendeu que seu posicionamento em 2018 decorreu das reclamações dos eleitores no dia da votação. Mas o deputado reconhece que as informações de que duas urnas teriam problemas era infundada.
“Posteriormente, uma auditoria realizada pelo TRE-PR não apontou irregularidades e concluiu que as situações descritas pelos eleitores ao parlamentar não foram provocadas por fraude.”
Fonte: tecnoblog