A mínima histórica mais recente da taxa de extrema pobreza foi em 2014, quando 3,33% da população vivia com até R$ 10,90 por dia
A parcela da população em extrema pobreza no Brasil em 2020 foi a menor desde 1981, início da série histórica do relatório que apresenta os dados, produzido pelo Banco Mundial. Aliás, no mesmo ano, o Brasil foi o país da América Latina que apresentou maior redução na taxa.
Assim, em setembro deste ano, o Banco Mundial passou a considerar em situação de extrema pobreza as pessoas que ganham até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 10,90.
Em 2019, 5,39% da população no Brasil vivia em extrema pobreza, no total de 11,37 milhões de pessoas. No ano seguinte, a taxa caiu para 1,95% da população, total de 4,14 milhões de pessoas em extrema pobreza. Ou seja, 7,23 milhões de pessoas saíram dessa situação.
No mesmo ano da queda na taxa, em meio à crise da pandemia da covid-19, foi criado o Auxílio Emergencial, que expandiu o benefício de transferência de renda do governo para mais pessoas, além de aumentar o valor mensal. Sendo assim, o programa deu origem ao Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família.
A mínima histórica mais recente da taxa de extrema pobreza foi em 2014, quando 3,33% da população vivia com até R$ 10,90 por dia. Desde então a taxa cresceu todos os anos, após um período de 11 anos de constantes quedas, desde 2004.
América Latina e a extrema pobreza
Apesar da queda expressiva, outros países da América Latina apresentam taxas menores de extrema pobreza, como o Uruguai (0,2%), Chile (0,75%) e o Paraguai (0,81%). Que também apresentou redução na taxa em comparação com 2019, quando 1,01% da população vivia em extrema pobreza.
Vale ressaltar que não estão disponíveis os dados de 2020 de todos os países da região para comparação.