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Segundo a pesquisa, o órgão - clitoris das cobras fêmeas tem entre um a sete milímetros e fica localizado sob a pele

Estudo mostra que cobras fêmeas têm clitóris

Segundo a pesquisa, o órgão das cobras fêmeas  tem entre um a sete milímetros e fica localizado sob a pele

Um estudo científico divulgou nesta quarta-feira (14) que as cobras fêmeas possuem clitóris, como muitas outras espécies animais. A pesquisa destacou que esse órgão minúsculo desempenha um papel essencial para melhorar as chances de reprodução das serpentes.

O relatório conduzido por Megan Folwell, estudante de doutorado da Universidade de Adelaide, analisa dez espécimes adultas de nove espécies diferentes, da píton ao mocassim de água, uma cobra semiaquática encontrada nas margens do Golfo do México.

O órgão, entre um a sete milímetros, é identificado em todas as serpentes e fica localizado sob a pele, integrado por duas protuberâncias separadas longitudinalmente.

Esse clitóris incha durante o ato sexual. Por possuir inúmeras terminações nervosas, demonstra que “sua estimulação causa uma resposta sensorial” do animal, explica o estudo.

Portanto o clitóris das cobras está situado próximo ao órgão genital feminino, onde a pele é mais fina.

Durante o acasalamento, as caudas desses animais se entrelaçam e assim seus corpos se esfregam, o que provoca “uma estimulação” do clitóris.

Todavia quanto mais demorada é a atividade sexual, maior a chance de reprodução. O prazer é “sem dúvida alguma uma parte importante da reprodução”, segundo Megan Holwell.

Na cobra fêmea, a estimulação do clitóris poderia proporcionar “relaxamento muscular, uma lubrificação que evita os possíveis danos que causados pelos hemipênis, dotados de espinhos, dos machos”, explica.

Aparelho genital “expressamente ignorado”

Em todos os casos, “o aparelho genital feminino expressamente ignorado, em comparação com o masculino”, confirma o estudo, publicado na Proceedings B da instituição britânica Royal Society.

O órgão sexual masculino dos animais escamosos, da ordem Escamados, répteis que mudam de pele, é estudado há muito tempo. Em particular, o hemipênis (duplo) do lagarto-monitor é analisado detalhadamente por zoólogos.

Mas a descoberta do hemiclitóris do lagarto-monitor fêmea, por outro lado, só ocorreu em 1995, anunciado pelo alemão Wolfgang Böhme.

Portanto, por muito tempo, as publicações acadêmicas confundiam esse minúsculo órgão com o hemipênis dos machos, ou com as glândulas odoríferas.

Portanto acreditava-se, ao anunciar a descoberta, que esse hemiclitóris servia para estimular o órgão masculino.

De acordo com Megan Holwell, é compreensível que essa descoberta tenha ignorada tanto tempo devido a sua difícil localização.

Mas ela diz que, de qualquer forma, o assunto “é um pouco tabu”, como tudo que diz respeito ao aparelho genital feminino.

Fonte: conexãoplaneta