Os pesquisadores associaram sete fatores de estilo de vida mais saudáveis a um menor risco de depressão
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Cambridge (Reino Unido) e da Universidade Fudan (China) analisou uma combinação de fatores para identificar os mecanismos condutores da depressão, e a combinação incluía dados de estilo de vida saudável, genética, estrutura cerebral e sistemas imunológicos e metabólicos.
Portanto, os pesquisadores associaram sete fatores de estilo de vida mais saudáveis a um menor risco de depressão, sendo: consumo moderado de álcool, dieta saudável, atividade física regular, sono saudável, conexão social frequente e nunca fumar, destaca o Medical Xpress.
Entre os fatores analisados pelos pesquisadores, ter uma noite de sono saudável entre sete e nove horas por noite reduziu o risco de episódios de depressão em 22%. Já a relação social frequente reduziu o risco de depressão em 18% e se mostrou mais eficaz contra o transtorno depressivo recorrente.
Assim, a equipe examinou dados de quase 290 mil pessoas acompanhadas por um período de nove anos. Entre elas, cerca de 13 mil foram diagnosticadas com a doença.
A doença
A depressão é um transtorno mental que pode ocorrer por diversos fatores por exemplo: questões genéticas, bioquímica cerebral e eventos da vida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada 20 adultos sofre de depressão no mundo.
No Brasil, a prevalência de depressão ao longo da vida está em torno de 15,5%, segundo o Ministério da Saúde. Em todos os casos, o diagnóstico do transtorno realizado por um profissional da área, através de diagnósticos psicológicos e psiquiátricos.
“A depressão é uma doença mental de elevada prevalência e é a mais associada ao suicídio, tende a ser crônica e recorrente, principalmente quando não tem tratamento. O tratamento é medicamentoso e psicoterápico”. Disse o Ministério da Saúde.
Ainda de acordo com a pasta, 90-95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento antidepressivo. “É de fundamental importância a adesão ao tratamento. Uma vez interrompido por conta próprio ou uso inadequado da medicação, pode aumentar significativamente o risco de cronificação”, acrescenta.
O tratamento pode ser na Atenção Primária, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nos ambulatórios especializados.