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Estado de MS reduz gravidez na adolescência em 2025. Queda está diretamente ligada à ampliação da oferta de métodos contraceptivos Foto: Secom/Gov.br

Com expansão de LARCs, MS registra a menor taxa de gravidez na adolescência em uma década

Estado de MS reduz gravidez na adolescência em 2025

MS encerra 2025 com um dado positivo na área da Saúde da Mulher: a redução da gravidez na adolescência, tendência que se mantém há uma década no Estado. Entre 2022 e 2025, o índice caiu de 14,92% para 12,65%, segundo o Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos). O resultado ganha relevância porque, no mesmo período, o Brasil registrou aumento de 3,87%, enquanto MS conseguiu reduzir 1,54%.

De acordo com a Coordenadora de Saúde da Mulher, Criança e Maternidade da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Andriely Gomes, a queda está diretamente ligada à ampliação da oferta de métodos contraceptivos de longa duração (LARCs), iniciativa e financiamento estadual para a compra que ocorre desde 2009, somada a ações educativas e qualificação das equipes da Atenção Primária.

“A expansão dos LARCs tem impacto direto no indicador. Quando a adolescente tem acesso a um método de longa duração, seguro e gratuito, ela evita uma gravidez não planejada e conquista mais autonomia sobre suas escolhas. Esse acesso ampliado explica parte importante da redução que observamos no Estado”, afirma Andriely.

Capacitação e expansão dos serviços

Em 2025, o Estado acelerou a implantação dos LARCs na rede, realizando oficinas presenciais de capacitação em Nova Andradina, Campo Grande e Costa Rica, preparando equipes para inserção de DIU e implantes com protocolo atualizado. A oferta qualificada desses métodos fortalece a prevenção da gravidez não planejada, especialmente entre adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Ao mesmo tempo, a SES intensificou ações educativas em todo o Estado. Assim, realizou nove oficinas territoriais do projeto “Educar para Transformar”. Além disso, promoveu uma webaula estadual sobre Prevenção do HPV e Gravidez na Adolescência, reunindo representantes dos 79 municípios. As atividades reforçam a abordagem acolhedora e livre de tabus sobre saúde sexual e reprodutiva.

“A informação correta e o acolhimento fazem diferença. Quando a adolescente encontra uma equipe preparada para conversar sem julgamento, ela entende que tem direitos, tem opções e pode planejar seu futuro”, explica Andriely.

Queda sustentada nos últimos anos

Os dados confirmam a tendência: Entre 2015 e 2025, o número de nascidos vivos de mães de 15 a 19 anos caiu de 8.315 para 2.861. Entre menores de 15 anos, a redução foi de 514 para 171 no mesmo período. Mesmo com avanços, Andriely destaca que o tema exige vigilância contínua. “A queda é consistente, mas ainda há desafios. Seguimos trabalhando para que nenhuma adolescente engravide por falta de informação, apoio ou acesso a métodos seguros”.

A SES deve seguir ampliando a qualificação das equipes e fortalecendo o trabalho conjunto com educação e assistência social. Além disso, pretende expandir a oferta de LARCs para todos os municípios. Assim, a meta é consolidar o acesso e avançar na prevenção.

Do mesmo modo, busca garantir que adolescentes vivam essa etapa da vida com saúde, dignidade e liberdade de escolha. “Cada ponto reduzido representa uma menina que tem mais tempo para estudar, sonhar e construir seu próprio caminho. Essa é, acima de tudo, a política pública que transforma vidas”, conclui Andriely.

Fonte: Secom/Gov.br