Assim sendo, uma das obras mais conhecidas da autora é Ciranda de Pedra, de 1954. E além disso, nos anos de 1950, publicou o livro Histórias do Desencontro (1958). Devido a essa publicação, recebeu o Prêmio do Instituto Nacional do Livro.
O segundo romance Verão no Aquário, que recebeu o Prêmio Jabuti, foi publicado em 1963. Todavia, em parceria com o crítico de cinema Paulo Emílio Sales Gomes, com quem foi casada, ela escreveu o roteiro para cinema: Capitu (1967) baseado em Dom Casmurro, de Machado de Assis.
No entanto, na década de 1970, Lygia publicou alguns de seus livros mais marcantes: Antes do Baile Verde (1970) recebeu o Primeiro Prêmio no Concurso Internacional de Escritoras, na França. O romance As Meninas (1973) recebeu os Prêmios Jabuti, Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras e “Ficção” da Associação Paulista de Críticos de Arte. Seminário dos Ratos (1977) foi premiado pelo PEN Clube do Brasil.
Lygia Fagundes Telles declarou em discurso de posse da ABL: O duro ofício de testemunhar um planeta enfermo nesta virada do século. Às vezes, o medo. (…) Mas o escritor precisa se ver e ver o próximo na transparência da água. Tem de vencer o medo para escrever esse medo. E resgatar a palavra através do amor, a palavra que permanece como a negação da morte
Lygia é uma das grandes referências no pós-modernismo
Sobretudo, o livro A Disciplina do Amor (1980) recebeu o Prêmio Jabuti e o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte. Já o romance As Horas Nuas (1989) recebeu o Prêmio Pedro Nava de Melhor Livro do Ano.
Não obstante, na década seguinte, foi publicada a obra A Noite Escura e Mais Eu (1995), que recebeu o Prêmio Arthur Azevedo da Biblioteca Nacional, o Prêmio Jabuti e o Prêmio APLUB de Literatura. Dez anos depois, Lygia foi contemplada com o Prêmio Camões, distinção maior em língua portuguesa pelo conjunto de obra.
Lygia, teve duas netas, Margarida e Lúcia, mãe da bisneta Marina. As netas vieram do filho Goffredo da Silva Telles Neto, do primeiro casamento de Lygia.
Nota da Academia Paulista de Letras, assinada pelo presidente José Renato Nalini, destaca Lygia como “a mais notável personalidade da literatura brasileira, patriota e democrata, já era lenda em vida”.
“Permanecerá no Panteão das glórias universais e, para orgulho nosso, era mais academicamente bandeirante. Não faltava aos nossos encontros semanais no Arouche. A gigantesca e exuberante obra continuará a ser revisitada, enquanto houver leitor no mundo”, diz a nota.
Em nota, a Academia Brasileira de Letras (ABL) publicou uma homenagem de pesar no Instagram. Onde afirmou que Lygia “é uma das grandes referências no pós-modernismo, tendo escrito obras que abordam temas diversos, como a morte, o amor, o medo e a loucura, além da fantasia”.