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Falta muito pouco para a prova do Enem, se você vai realizar o exame, veja quais conteúdos precisa revisar para se destacar. Foto: Reprodução

ENEM 2024: Saiba os principais conteúdos para revisar a menos de um mês para prova

A prova é dividida em dois dias de aplicação e tem quatro blocos diferentes, além da redação; exame acontece em 3 e 10 de novembro

Falta menos de um mês para a prova do Enem 2024, que vai ser aplicada em 3 e 10 de novembro. Mais de 5 milhões de pessoas se inscreveram para fazer a prova que mede o desempenho escolar de estudantes que finalizaram a educação básica e é utilizada como avaliação para ingresso no ensino superior em todo o Brasil. Contudo, ao decorrer do texto, veja os principais conteúdos para revisar antes de fazer a prova do Enem.

Linguagens, códigos e suas tecnologias

Na parte de linguagens da prova, a professora Renata Soares pontua que concentração e leitura dinâmica são necessárias. Ela afirma que os examinadores cobram com frequência tópicos como interpretação de texto, variabilidade linguística, funções de linguagem, função social do texto literário. Anúncio publicitário e reconhecimento de estratégias argumentativas.

“Para o candidato se sair bem na prova de Códigos e Linguagens, precisa controlar o tempo de leitura e de compreensão dos enunciados e proposições e, ao mesmo tempo, atentar-se aos objetivos de cada questão. Sem querer parecer clichê, mas o hábito de leitura vai facilitar bastante a participação no Enem”, afirma.

Para as questões sobre artes, o professor Bento Tutu afirma que o aluno deve revisar “todos os períodos históricos, desde a pré-história à arte contemporânea”. “Assistir filmes e ler biografias dos artistas e movimentos artísticos ajudarão a entrar no universo da história da arte”, recomenda.

“Compreender como se definiu a arte ao longo do tempo e como se define atualmente é crucial para entender seu valor e propósito em diferentes culturas e períodos históricos”, acrescenta.

Redação – De todos os conteúdos a revisar do Enem, a redação é o principal

A redação do Enem pode conter até 30 linhas e baseia-se em um tema divulgado apenas no dia da prova. O texto precisa ser dissertativo argumentativo e ter uma proposta de intervenção. A nota máxima é de 1.000 pontos, mas alguns critérios podem fazer com que alunos zerem a prova. Em 2023, o tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.

A professora Renata Soares afirma que é preciso estar informado sobre os principais acontecimentos dos últimos anos, além de “saber mobilizar repertório sociocultural pertinente e produtivo em relação ao ponto de vista que ele defende”.

Soares pontua que o domínio da estrutura da redação solicitada é “extremamente importante”. “Cada parágrafo tem um objetivo e cada frase importa na construção do todo. A saber, o estudante, ao compreender que uma frase é consequência da anterior e aplicar esse entendimento à escrita, estará conferindo progressividade à redação. Dessa forma, haverá evolução das ideias e organização dos argumentos selecionados”, explica.

A professora explica que é preciso indicar quem resolverá o problema, como resolverá e qual será o objetivo. A educadora afirma que a prática é necessária para a produção da redação.

“Entender a parte teórica da redação é muito importante, mas de nada vale se o candidato não exercitar a produção. É importante escrever textos sobre vários temas, a fim de levantar o máximo de repertório relacionado a cada eixo temático. Portanto, é necessário escrever, corrigir, refazer o texto com o intuito de aprimorar a escrita e de se adequar ao padrão estipulado pelo Inep na correção das provas do Enem”, finaliza.

Ciências humanas e suas tecnologias

Nas perguntas de geografia, os conteúdos principais são geopolítica, demografia, migrações, biomas brasileiros, clima, blocos econômicos, espaço agrário, BRICS, questão ambiental, espaço urbano e fontes de energia. No entanto, o professor José Francisco de Sousa Sobrinho afirma que globalização, sistemas econômicos, modelos de produção, projeções cartográficas, crescimento vegetativo e urbanização também são temas relevantes.

Para a parte de história, o professor Gleidson Arruda afirma que é importante revisar a antiguidade clássica (Grécia e Roma), feudalismo, reformas religiosas, expansão marítima europeia, ocupação portuguesa na América, ciclos do açúcar e do ouro. Contudo as revoluções francesa e industrial e as guerras mundiais. Além disso, na história nacional, o processo de independência, a república brasileira, ditadura militar e o processo de redemocratização são relevantes.

Para as questões de filosofia, a professora Viviane de Araújo Oliveira pontua que os conteúdos mais relevantes são filosofia pré-socrática, Sócrates, Platão, Aristóteles, Patrística, Escolástica, teoria do conhecimento, política e ética.

Para sociologia, a professora Indira Gualberto afirma que entre os teóricos clássicos Max Weber tem aparecido com mais frequência, mas Durkheim e Marx também são relevantes. Algumas temáticas importantes são relações culturais (conceito de memória, identidade cultural, patrimônio, diversidade e pluralidade cultural, etc); relações raciais; relações de gênero; educação; movimentos sociais; relações de trabalho (como mudanças no mundo do trabalho e relações contemporâneas, automação, relação desemprego x tecnologia, precarização, etc); meio ambiente e sustentabilidade; políticas públicas e cidadania; globalização e internet, redes sociais e cultura de consumo.

Ciências da natureza e suas tecnologias – Outro da lista de conteúdos complicados do Enem que você deve revisar

Na parte sobre biologia da prova, a professora Juliana Carvalho afirma que o assunto que cai com mais frequência no Enem é ecologia. (Especialmente impactos ambientais, relações ecológicas, ciclos biogeoquímicos, desequilíbrios ecológicos).

Além dele, metabolismo/bioenergética (focado em fotossíntese e respiração celular), citologia (membrana plasmática e funções de organelas), fisiologia humana (funcionamento dos sistemas, com ênfase no digestório e endócrino), genética e evolução (leis de Mendel ou aplicações biotecnológicas e alguns conceitos básicos em evolução). Contudo, os examinadores também têm cobrado tópicos sobre botânica, como classificação, evolução, anatomia e fisiologia.

Já nos assuntos de química, a professora Priscila Silva recomenda que os alunos foquem em química orgânica (nomenclatura e funções orgânicas, reações orgânicas e polímeros); átomos, moléculas e suas propriedades; e em misturas, funções inorgânicas e estequiometria.

“Ela afirma que você deve estar preparado para responder questões sobre aquecimento global, efeito estufa, buraco na camada de ozônio e substâncias liberadas nos processos de combustão, ressaltando que questões ambientais podem se relacionar com química ambiental. “Teremos a reunião do G20 no Rio de Janeiro e a COP30 em 2025. Aposte nas questões ambientais em todas as áreas”, finaliza.

Em física, o professor Luiz Eugênio destaca que os conteúdos mais relevantes são eletrodinâmica, termologia, ondulatória e cinemática, energia, trabalho, potência e refração de luz. Além disso, é importante conhecer bem conceitos como energia cinética e potencial, quantidade de movimento, campo elétrico e corrente elétrica.

Matemática e suas tecnologias – Último da lista de conteúdos a revisar para o Enem

A parte de matemática do Enem consome 25% das questões objetivas. Paulo Firmino, professor da matéria, diz que questões de matemática básica, como regra de três simples e composta, compõem a maior parte da prova (33,8%). Estatística é o segundo conteúdo que mais cai (cerca de 12,5%) e demanda interpretação de gráficos e tabelas e medidas de tendência central.

Por fim, geometria espacial toma 11,4% da prova, com questões de geometria de posição e perguntas sobre áreas e volumes. Já funções do 1º e 2º grau, além de nomenclaturas e padrões gráficos, são responsáveis por 10,8% do exame. Por último, geometria plana toma 8% do total do Enem, com questões sobre polígonos regulares, circunferência e círculo e fórmulas de área.

Fonte: Agência Brasil/AB