A criação faz uma parceria da Tartakovsky, que trabalha na criação de sistemas de reciclagem de água, com a cervejaria Devil’s Canyon Brewing Company, situada do norte da Califórnia (EUA)
Uma empresa norte-americana decidiu inovar na fabricação de uma cerveja artesanal feita a partir de água reciclada de chuveiro e máquina de lavar. A criação faz uma parceria da Tartakovsky, que trabalha na criação de sistemas de reciclagem de água, com a cervejaria Devil’s Canyon Brewing Company, situada do norte da Califórnia (EUA).
Conforme os fabricantes, o diferencial da bebida é o uso da chamada água cinza (de chuveiro e máquina de lavar). Mas, nesse caso, a água cinza vem do arranha-céu de luxo Fifteen Fifty, de 39 andares, que fica em San Francisco, na Califórnia. O prédio possui sistema de reciclagem da Epic Cleantec para reuso das águas residuais produzidas pelos residentes.
Para a fabricação da cerveja com água reciclada e utilizados cerca de 7.600 litros de água cinza, filtrada e purificada para a produção de 7.500 latas de cerveja.
“O que queríamos fazer como empresa era realmente mostrar o potencial inexplorado da reutilização de água. Acreditamos que não há desperdício nas águas residuais”, explicar Aaron Tartakovsky, cofundador e CEO da Epic Cleantec, em entrevista ao site do The Weather Channel.
Então, para alegria ou tristeza dos cervejeiros de plantão, a bebida não está à venda. Porém, amostras do produto foram distribuídas na Conferência da Água da ONU, realizada em março deste ano em Nova Iorque.
Cerveja artesanal feita de água reciclada do chuveiro
“Muitas vezes sentimos os primeiros impactos das mudanças climáticas através da água, como no caso dessas secas prolongadas e cada vez mais frequentes”, diz Aaron Tartakovsky.
Contudo, de acordo com o CEO da Epic Cleantec, esse tipo de água normalmente desperdiçada e pode ser uma boa opção para as cervejarias. O único problema é fazer as pessoas superarem os preconceitos com relação a esse tipo de produto.
“Há um problema de percepção pública quando se trata de águas residuais e isso faz sentido. Nós projetamos o que gostamos de chamar na Epic de ‘sociedade do descarte e esqueça’. Não pensamos no que acontece depois que usamos o chuveiro ou quando abrimos a torneira, simplesmente presumimos que sai água”, comenta Tartakosky.
Fonte: otempo
