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O projeto resultará no Diagnóstico Participativo (DP) Etno socioambiental e produtivo, com o objetivo de reunir informações atualizadas para a formulação de políticas públicas. - Foto: Reprodução/ embrapa.

Embrapa iniciará diagnóstico participativo em Terras Indígenas de Dourados

Empresa coordenará ações para o levantamento de dados nas comunidades Jaguapiru e Bororó

A partir de 2025, a Embrapa, por meio da Embrapa Agropecuária Oeste, iniciará o levantamento participativo de dados de produção, ambientais e sociais de terras indígenas de Dourados. Desse modo, ocorrerá nas comunidades indígenas Jaguapiru e Bororó. Assim, duas aldeias, que fazem parte da Reserva Indígena de Dourados, abrigam mais de 15 mil pessoas de etnias como Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva e Terena.

Como resultado, o projeto terá um Diagnóstico Participativo (DP) Etno socioambiental e produtivo, com o objetivo de reunir informações atualizadas para a formulação de políticas públicas que combatam a insegurança alimentar e promovam a adequação de tecnologias sustentáveis, respeitando a cultura indígena e a agrobiodiversidade local.

Nesse sentido, a iniciativa é fruto de um convênio entre o governo estadual de Mato Grosso do Sul e a Embrapa. Foi assinado em dezembro de 2024. Além da Embrapa, diversos parceiros, como o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Funai e outras instituições, apoiarão o projeto.

O foco do projeto é promover a segurança alimentar e nutricional

“Desde o início do ano a Embrapa vem articulando um arranjo institucional de forma colaborativa entre Unidades Centrais, Diretoria de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia e Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Unidades Descentralizadas [Embrapa Agropecuária Oeste e outras 17 Unidades], Comitê de Governança de Iniciativas da Embrapa com Povos Indígenas [Resolução DINT nº 4 de 15 de março de 2024], governo do estado de Mato Grosso do Sul, Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), entre outros parceiros locais e nacionais que apoiam o desenvolvimento de uma solução integrada para a insegurança alimentar nos territórios de Jaguapiru e Bororó, em Dourados”. Diz a Ana Margarida Castro Euler, diretora-executiva de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa (DINT).

O foco do projeto é promover a segurança alimentar e nutricional. Assim, valorizando os saberes tradicionais dos povos indígenas e buscando integrar ações para combater a escassez de alimentos nas comunidades. A proposta também se estende a outros territórios indígenas do estado, como os do Pantanal.

A Embrapa Agropecuária Oeste envolverá mais de 20 centros de pesquisa e 25 pesquisadores em diversas áreas. Além disso, a equipe da Embrapa participará de capacitações para aprender com ações exitosas em outras comunidades indígenas.

Por fim, a iniciativa visa, também, a criação de uma plataforma colaborativa para povos indígenas, com foco em segurança alimentar e valorização dos conhecimentos tradicionais. A proposta está sendo desenvolvida pelo Comitê de Governança de Iniciativas com Povos Indígenas da Embrapa.

Fonte: Embrapa